No rumo
Pedi ao técnico Heriberto da Cunha uma análise comparativa entre o América/RN, que ele fez subir para a Série A, e o Ceará agora sob seu comando. O treinador foi incisivo: “Já , já o alvinegro poderá ser comparado ao América de 2006, sim. Aquele time do América tinha conjunto e automática variação de jogadas. A mudança tática acontecia normalmente, de acordo com as circunstâncias do jogo. E todos sabiam como fazer. O Ceará de hoje vai alcançando esse estágio”. Creio que a maioria dos leitores concorda com as declarações do treinador. O time saiu de uma situação de incertezas para uma postura bem definida. E mais: não com destaque isolado, mas em conjunto, num trabalho coletivo como quer seu treinador. Tanto isso é verdade que ficou até difícil escolher o melhor no jogo passado, já em vista da boa atuação da maioria. Importante é que o time está agora no rumo certo.
Leitura
Gostei da presença do Heriberto da Cunha no Debate Bola da TV Diário. Simpático, bem solto, fala com simplicidade as coisas do futebol. Fiquei feliz quando ele me disse que em sua terra natal, Santa Rita de Sapucaí/Minas Gerais, a audiência da TV Diário é excelente.
Firme
Não apenas pelo belo gol que marcou na Ponte Preta, mas pela eficiente produção, o meia Flávio vem ganhando as simpatias da torcida do Ceará e aumentando a confiança que nele tem o treinador alvinegro. Flávio retornou muito bem. E agora, com Leanderson, Maracanã e Sérgio Manoel em alta, a tendência será melhorar mais ainda. Mas vale uma advertência: cuidado com os cartões.
Variações
O Ceará melhorou sobremaneira, mas nada de pensar que está perfeito. As próprias variações da Série B encarregam-se de prevenir contra surpresas. Há goleadas inacreditáveis que estão acontecendo. O padrão está muito parecido. A distância entre o último do G-4 e a zona de rebaixamento é de apenas oito pontos. Portanto, margem muito pequena entre a cúpula e o porão.
Em dia
A maioria dos clubes brasileiros não paga em dia os jogadores. Quando o atraso fica na faixa aceitável, onde os próprios atletas compreendem, tudo bem. Mas, se fora dos limites da tolerância, o desarranjo é natural. Classificação tem tudo a ver com zelo nessa parte. No futebol, pagar rigorosamente em dia parece ser exceção.
Recuperação
Edilson José, conselheiro do Fortaleza e um dos homens de confiança do Raimundo Delfino (Santana Têxtil), foi incisivo: não se admite um artilheiro como Rinaldo ter apenas seis gols em 18 jogos realizados. “Ele é homem para fazer muito mais, se as bolas chegarem”, disse.
Mais
De certa forma, procede o raciocínio de Edilson José: os dois artilheiros da Série B, Val Baiano (Gama) e Fábio Oliveira (Remo), têm 12 gols, cada. Portanto, o dobro de Rinaldo. Isso Edilson José não admite, pois conhece Rinaldo e sabe que ele tem condições de marcar muito mais. A propósito de gols, como ficará a situação do atacante cearense, Cleirom, agora nas mãoes de Zetti?
Ex-campeões
Entra ano, sai ano, e não vejo América e Calouros do Ar numa boa. O América foi campeão cearense duas vezes (1935 e 1966). O Calouros foi campeão cearense em 1955. Depois que desceram para terceira divisão, nunca mais acharam o rumo. Nem de longe lembram as belas formações dos bons tempos. Agora mesmo perderam para Terra e Mar e Messejana, respectivamente.
Titular
Tiago Cardoso viu a chance de ser titular no Fortaleza a partir do instante em que o goleiro Getúlio Vargas deixou o clube. Teve bom desempenho diante do São Caetano, apesar de derrota por 1 a 0. Não pôde atuar diante do Paulista, pois sentiu fortes dores na perna. É hora de segurar a posição. Chance assim é difícil.
"Aqui não tem cadeira cativa de titular. Todos brigam pela posição".
Sérgio Manoel
Meia do Ceará