Tarde demais
O Fortaleza pagou caro o preço de um esquema tímido demais. O goleiro Edson Bastos, do Coritiba, só foi chamado a intervir uma vez no primeiro tempo, quando de um chute fraco, de Adriano Chuva. O Leão não criou nada e aceitou o aperto paranaense. No intervalo, reclamação em massa do Fortaleza. Até o técnico Marco Aurélio perdeu a serenidade. Cocito expulso. Encolheu o Leão. O Coritiba apertou com Diogo, Gustavo, Ken, Dias. Fez 1 a 0, de pênalti inexistente (Anderson converteu). O Fortaleza melhorou com Broa e Mezenga. César desperdiçou pênalti. Tiago Campos expulso. O Leão errou muito. Sim, arbitragem confusa, mas a revolta tricolor só contribuiu para o fracasso. Se mais ousado e confiante, o Fortaleza poderia ter trazido bom resultado. Só tarde demais descobriu a limitação do Coritiba, que sentiu a pequena melhora tricolor com Broa e Mezenga. O goleiro Bastos salvou. O Fortaleza só viu isso tarde demais.
Pênaltis
O árbitro marcou dois pênaltis que, na minha visão, não existiram. E deixou de marcar o único que existiu (César em Pedro Ken). Quanto a faltas e cartões, no primeiro tempo castigou o Fortaleza e foi uma pluma para os paranaenses. Mas o desespero tricolor só prejudicou.
Ajustes
Mais uma vez Marcelo Vilar faz ajustes no alvinegro. Tem sido enorme sua luta no sentido de dar ao Ceará padrão continuado. Mas as oscilações preocupam, pois não permitem que a torcida tenha a confiança necessária. A melhor produção do Ceará no atual certame aconteceu no jogo com o Coritiba. Mandou no segundo tempo, mas acabou cedendo o empate.
Campanha
O Gama, adversário do Ceará logo mais, tem ótima campanha. Só perdeu uma partida, a da estréia, em Campinas, para a Ponte Preta (1 a 0). E não perdeu mais para ninguém. Ganhou do Coritiba (1 a 0), do Ituano (3 a 1), do Fortaleza (3 a 1) e do CRB (1 a 0). Empatou São Caetano (0 a 0), com o Brasiliense (0 a 0) e com o Remo (3 a 3). Está invicto há sete jogos.
Posição
O Gama chegou à vice-liderança da Série B mediante produção crescente. Não foi por acaso. Tem o artilheiro, Val Baiano, com seis gols, atravessando ótimo momento. Ele surpreende exatamente porque, quando esteve no Ceará, não correspondeu. Mas no futebol isso é comum. Às vezes, o jogador não acerta num time, mas “explode” num outro.
De volta
Taí o Vavá. Teve de esperar seis meses. Torraram a paciência do rapaz. Mas ele passou no teste. Volta a campo e, com ele, a esperança de muitos gols pelo Ceará. Claro que, neste início, terá de ser dado um desconto. Por mais que tenha se cuidado, o ritmo de jogos isolados é um, o ritmo de uma Série B é outro bem diferente. Vavá começará agora. É responsável. Zeloso profissional. Tem tudo para outra vez voltar a brilhar.
Atenção
Nos treinos do Ceará, tudo fica acertado sobre quem marca quem nas cobranças de falta ou de escanteio a favor do adversário. Atenção no rebate, com cada jogador de olho no que foi determinado. No jogo passado, andarem esquecendo o ensaio Hoje, a conferir.
Brasil
De 1916 a 2007, as seleções principais do Brasil e Chile se enfrentaram 61 vezes (42 vitórias do Brasil, sete do Chile e 12 empates). Pela Copa América , 14 vitórias do Brasil, três do Chile e dois empates. Em 1987, O Chile ganhou por 4 a 0 e eliminou da Copa América a Canarinho. Que não se repita amanhã. (Dados de Airton Fontenele).
Arbitragem
Afrânio Lima, presidente da Ceaf, cuida dos detalhes do curso para a formação de novos árbitros e árbitras no futebol cearense. Está na hora de surgir um novo nome para entrar no rol dos que marcaram época como Gilberto Ferreira, Joaquim Gregório, Leandro Serpa e Dacildo Mourão. As portas estão abertas.
Recordando
A morte do meia Charuto trouxe de volta a lembrança de uma família que deu larga contribuição ao futebol cearense. A família do Vicente Faúna. Foram jogadores de futebol os irmãos Pedro (morreu muito moço), Ninoso, Novíssimo e Charuto. O irmão mais novo, Jurandir, ainda andou atuando nas categorias menores, mas não se profissionalizou. Outro irmão, o Zé Ferreira foi durante muitos anos secretário da FCF, de onde se aposentou. Faz tempo não o vejo. Pedro, Ninoso, Novíssimo e Charuto foram campeões cearenses por vários clubes.
"O disse-não-disse no futebol é tão antigo quanto a própria bola".
Marco Rocha Lima Xenofonte, sobre fatos negativos envolvendo atletas
Colaborador