Cartões
Os times cearenses, não raro, estão enfrentando sérios problemas com o elevado número de cartões. Jogadores apenados, ausentes, num prejuízo para os clubes. Ontem, o leitor Adelino Augusto reforçou a sugestão dada pelo ex-árbitro Dacildo Mourão, ou seja, a de palestras para os atletas, visando a esclarecer o assunto. Recebi telefonema do Cel. Afrânio Lima, presidente da Ceaf, dizendo que, desde o começo do ano, colocou à disposição dos clubes todos os árbitros e auxiliares para os devidos esclarecimentos. As palestras seriam dadas sem ônus. Até hoje, Ceará e Fortaleza não se manifestaram. Ha jogadores e dirigentes que desconhecem as regras e as orientações recentes dadas pela Fifa. Isso, tem gerado dúvidas nos atletas. Se estes conhecessem detalhes das regras, muitos cartões seriam evitados. Nota-se aí pura negligência dos dois clubes grandes, indiferentes ao oferecimento da Ceaf.
O único
No início do ano, o único clube que acolheu a sugestão da Ceaf foi o Itapipoca. O presidente Eudi Assunção entendeu a importância de palestras assim. Os jogadores do Ita foram esclarecidos pelos árbitros e houve significativa redução no número de cartões.
Polêmico
Rinaldo sabe de sua importância no Fortaleza. Mesmo quando em período de jejum, a torcida espera por sua retomada porque sabe que os gols voltarão. Foi assim na fase decisiva do Campeonato Cearense. E ele acabou com o jejum exatamente com o gol do título. Não necessita, pois, de ostensiva manifestação de contrariedade, quando o técnico toma decisão que o desagrada. É hora de refletir, Rinaldo.
Explicação
No tempo de Roberval Davino, Rinaldo protestou quando substituído. Saiu de campo, fazendo gesto de reprovação à atitude do treinador. Gerou desconforto. Depois, numa conversa franca, amigável, tudo ficou bem. Mas ele poderia ter evitado aquele dissabor.
Experiências
O técnico tem fazer experiências, observando variações táticas. Às vezes, tem mesmo de verificar como funciona o time no caso de perder um de seus principais jogadores. Numa competição longa, como o Campeonato Brasileiro, procedimento assim é muito natural. Quero crer que Rinaldo deva reformular alguns conceitos, até porque sua presença é imprescindível ao ataque tricolor.
Contratação
Palavra que vem sendo muito usada em Porangabuçu. Mas é preciso cuidado. Há clara desproporção entre o número de contratados e o número dos que estão dando certo. Contratação equivocada gera dívida, desentendimento pessoal e ação trabalhista. Cuidado!
Vitória
Do pesquisador Airton Fontenele: “A propósito do editorial de ontem, a única vitória do Japão sobre o Brasil foi na Olimpíada de 1996 nos Estados Unidos (Japão 1 a 0). Embora Seleção Olímpica, o Brasil contou naquela dia com Dida, Zé Maria, Aldair, Ronaldão, Roberto Carlos, Flávio Conceição, Amaral (Zé Elias), Juninho Paulista, Rivaldo, Bebeto (campeão do mundo em 1994), Sávio e Ronaldo Nazário. O Brasil foi bronze.
Ascensão
Observo a dança dos números na segundona cearense. Das dez equipes, cinco já participaram da primeira divisão: Crato, Tiradentes, Guarany, Boa Viagem e Limoeiro. E têm chances de subir. Mas só o Tiradentes tem um título estadual, profissional, em 1992, dividido com Icasa, Ceará e Fortaleza. A disputa pela ascensão está boa.
Alvinegro
João Paulo Queiroz Tavares, jovem médico recém-formado pela UFC, é também desportista autêntico. Torcedor do Ceará, ele se mostra reticente quanto à Série B. Na parte profissional, a alegria de ingressar numa função tão nobre. Seus pais, Assis Cordeiro e Maria José, coordenam evento comemorativo. Parabéns, João Paulo.
Recordando
Pipiu foi um centroavante baiano que brilhou no futebol cearense nas décadas 40/50. Ganhou títulos estaduais pelo Ceará, Fortaleza e Gentilândia (1956) e foi campeão do Norte pela Seleção Cearense em 1954. Ele era parecido com o meia Osmar, outro baiano que também foi campeão pelo Fortaleza e pelo Ceará. Sim, o Osmar, que o médico José Roberto Barros curou de uma fratura de estresse. Conheci Pipiu em 1957. Ele já sapateiro e morava perto da minha casa na Gentilândia. Também conheci seu filho, Raimundo Pipiu, que jogou no Ceará. O tempo passou.
"Quando jogamos no Olímpico, parece que temos 20 em campo".
Lucas, sobre a decisão da Libertadores
Meio-campista do Grêmio