Vitória justa
Impecável primeiro tempo do Gama. Marcou forte, não deu espaço e Val Baiano teve ainda a felicidade de assinalar 1 a 0 logo aos três minutos. O Fortaleza sentiu o golpe. E quando o Leão esboçou as primeiras reações com Rogerinho, eis que Válter, sem intenção, desviou com o braço a bola que ia na direção do atacante adversário. O árbitro interpretou como pênalti, que Val Baiano converteu (2 a 0). Fase final, o Fortaleza foi para o tudo ou nada. Cresceu com Ígor no lugar de Válter. Ricardinho apertou pela esquerda. Leão assumiu o controle total, embora exposto aos contra-ataques. Belo gol de Chuva, que diminuiu (2 a 1) em cruzamento de Rinaldo. Quando mais era a pressão tricolor pelo empate, Bebeto fez Gama 3 a 1. Golaço, entre três zagueiros do Leão. Matou o jogo. Embora com o Fortaleza melhor no segundo tempo, o Gama soube construir e segurar a vitória. Apostou Administrou e fez por onde merecer a vantagem no placar.
Observações
Muito sentida a ausência de César. Defesa do Fortaleza atônita. /// Não se perde sem punição um gol como o que Aldivan perdeu. /// Raulen meio perdido. Saiu logo. /// Rinaldo nem de longe o notável jogador. /// Simão pediu para ser expulso. E foi. Carão nele.
Segura a Barra
Homem de luta é mesmo o Paulo Wágner, presidente do Ferroviário. O time está sem disputar competição oficial desde que terminou o Campeonato Cearense 2007. De lá até aqui, ele, ajudado por reduzido grupo de corais, segura literalmente a “Barra”. Pelo menos a temporada coral nas Antilhas Holandesas permitiu dar vitrine ao time que precisa ser visto mesmo.
Imagem
O futebol carioca voltou a fazer bonito na principal vitrine nacional: o Fluminense ganhou a Copa do Brasil. O Vasco da Gama é líder isolado do Séria A, seguido pelo Botafogo, vice-líder. Há muito, os cariocas não ocupavam posições de liderança. Só o Flamengo não está bem, pois a um ponto da zona de rebaixamento.
Nordeste
Na Série A, o futebol nordestino só tem trazido preocupações. As campanhas do América/RN e do Sport de Recife geram inquietação, pois na zona de rebaixamento. Só o Náutico esta fora da maldita região, mas, ainda assim , por diferença mínima de um ponto. De qualquer forma, ainda há tempo para recuperação. Mas as perspectivas do momento não são animadoras. isso é ruim
Mudanças
Compreensíveis as mudanças que Marcelo Vilar vem fazendo no Ceará. Enquanto não alcançar a produção desejada, o técnico terá realmente de fazer alterações. As cobranças começam a aumentar na medida em que o time perde pontos em casa. E Marcelo tem plena consciência de que pressões maiores virão se houver novo tropeço sábado.
Retorno
A volta de Felipe por certo dará à meia-cancha do Ceará a produção de que o time precisa para a bola chegar ao atacante Ciel. Este tem sido o grande sacrificado, entregue à marcação de dois adversários, sem que tenha algum outro alvinegro por perto.
Execução
Deixar Ciel assim, exposto aos marcadores, seria execução sumária. Por isso mesmo, Isac deve compor na frente. Mas vale uma advertência: sua presença só revolverá se houver melhor municiamento. No Canindé, mesmo tendo conseguido ganhar da Portuguesa, o Ceará apresentou recuo suicida. De tal forma a retração, que Ciel e Isac quase não viram a bola na fase final. Atacante não é nada sem municiamento.
Sem arroubos
O dirigente Luís Torquato, novamente lembrado pelo Guarany de Sobral, tem uma espécie de fusão de imagem com o Bugre. Com ele, o Guarany viveu seus grandes momentos e conquistas. Agora, Torquato, longe dos arroubos de antigamente, é o homem certo para indicar o melhor caminho ao time sobralense.
Recordando
Numa dessas repetições de imagens das Copas passadas, revi o momento em que Zico perdeu o pênalti para a França, em 1986, no México. Momento infeliz. Depois, na série de definição, Zico fez o dele e Platini desperdiçou. Mesmo assim, a França se classificou e o Brasil veio embora. Lembrei-me então do Célio Bandeira, que, na década de 60, brilhou no Fortaleza na função de volante. Na hora de bater pênalti, Célio não tinha concorrente. Era genial. Foi um dos melhores batedores de pênalti que conheci. Faz tempo não o vejo. Nunca mais Célio visitou a Gentilândia.
"Julho será mês de aplaudir, agosto de cobrar".
Henrique Nicolini, sobre os problemas de organização do Pan 2007
Colunista da Gazeta Esportiva.Net