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Novo semblante

Conheço Marcelo Vilar desde seus primeiros passos como juvenil do Ceará. Acompanhei as diversas etapas de sua vida. Sempre muito sensato. Quando encerrou a carreira de jogador, já era funcionário, se não me falha a memória, do Banco do Nordeste. Ser bancário não era sua praia. Aliás, sua praia não era o verde mar bravio senão o verde dos gramados. Voltou. Apostou as fichas na função de treinador. Saiu da entidade bancária onde trabalhava. Muitos amigos até acharam precipitava a sua decisão. Mas ele preferiu o velho amor pelo futebol. Ganhou título estadual pelo Ceará. Fez belo trabalho no Itapipoca e no Uniclinic. Investiu na carreira. Topou o duro desafio paulista. Ganhou a Copa São Paulo com o Roma de Apucarana. Cresceu. Chegou a treinador do Palmeiras/SP. Teve reconhecido o seu valor. O Ceará foi buscá-lo de volta. Taí Marcelo, agora de semblante novo, após a vitória no Canindé.

Fechado

Eu até estranhara a razão por que Marcelo andava tão taciturno, ele que é de temperamento alegre, aberto, fino no tratamento com todos. Numa rápida conversa, ele me explicou as tensões vividas a partir da derrota para o Vitória, quando a cobrança foi a mil.

Conversa

Marcelo me disse que, antes do jogo do Vitória, saíra entusiasmado com o treino do Ceará. Tinha certeza de que o time brilharia naquela formação. No jogo, sumiu. Mas sumiu de tal forma que teve de perguntar aos atletas o que estava havendo. Ninguém soube responder.

Retomada

Diante do efeito devastador da derrota para o Vitória, além das turbulências internas decorrentes dos casos de Aleluia e Vinícius, o ambiente não permitia ao técnico Marcelo fingir alegria. Daí o semblante preocupado e o aspecto irritadiço a que me referi. A vitória em São Paulo pôs as coisas nos devidos lugares. E Marcelo voltou a sorrir.

Blindagem

Não é do feitio de Marcelo Vilar ser grosseiro. Ele disse que, talvez dominado pelas preocupações, não tenha percebido sequer a presença do repórter que tentou ouvi-lo. Mas reconheceu que, em certas circunstâncias, é preciso uma blindagem, quando abordado por pessoas capciosas, dissimuladas.

Encontro

Sobre o Ceará, o técnico Marcelo Vilar compreende que, apesar das limitações ainda existentes, é possível crescer muito na competição na medida em que puder contar com todo o elenco. “Os jogadores estão se encontrando”, disse.

Retorno

Já que o assunto é treinador, Marco Aurélio, do Fortaleza, tem de volta Adriano Chuva e Rinaldo. Claro, não ainda na melhor condição, mas, de qualquer maneira, de volta. Todos viram, no jogo anterior, como cai o potencial do ataque sem Rinaldo.

Currículo

Quem quiser um histórico completo de Dario Gigena basta acessar o site www.dariogigena.com para obter os mínimos detalhes da vida do novo atacante do Fortaleza. Está escrito em espanhol, mas dá para entender bem. Logo na abertura as palavras: conviccion, destreza, fuerza, experiência. E o emblema de todos os clubes por onde passou. Trabalho de divulgação muito bem feito.

Solução

Como Mezenga já está aí, creio que, na medida dos ajustes, Marco Aurélio terá opções de sobra, saindo da carência e preocupações do presente.

Cariri

E já que hoje concentrei atenções nos técnicos, claro que tenho de mandar minha saudação ao Lira, contratado pelo Icasa. O Arnaldo Lira, mais maduro, equilibrado. Fez belo trabalho na “C” nacional pelo Ferrão em 2006. Com certeza fará bonito agora com o Verdão do Cariri.

Violência

O que houve de violência em torno do Ginásio Paulo Sarasate quando do clássico Ceará 3 x 3 Fortaleza, no futsal, serve de alerta para reforço do sistema de segurança, visando ao clássico de sexta-feira à noite no Castelão. O rigor da polícia terá de ser ainda maior contra os bandidos fantasiados de torcedores.

"O importante é a torcida criar um ambiente de Libertadores no estádio".
Wanderley Luxemburgo, sobre a semifinal de hoje contra o Grêmio
Técnico do Santos