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Ídolos

Neste episódio Aleluia/Fortaleza/Ceará, a efervescência teria mesmo de alcançar grau máximo. Todo esse frêmito só acontece quando em foco jogadores polêmicos. No caso, um ídolo diante das duas maiores torcidas do Estado. Também foi assim quando Clodoaldo vivenciou a novela de sua transferência para o Ceará. Não seria diferente agora. Já se sabia do rompimento pessoal e direto de Vinícius com o presidente Eugênio Rabelo. Antes, na TV Diário, Vinícius detonara suas mágoas contra Eugênio. Agora, foi a vez de Reinaldo Aleluia. Eugênio, no Debate Bola (TV Diário) de domingo passado, foi incisivo na resposta a Vinícius. E, de forma clara, também ali colocou ponto final no relacionamento do Ceara com Aleluia; até acrescentou o fim da era Clodoaldo no alvinegro. Aleluia tem futebol, é marketeiro, sabe ser ídolo e mexer com a torcida. Confia na qualidade de seu futebol e vai em frente.

Frisson

Nos episódios envolvendo jogadores medianos não há nenhum frisson. Mexe mesmo é a transferência de ídolos para um clube rival. É natural que os ânimos não raro se exaltem, até mesmo pela manifestação ostensivas dos torcedores mais exaltados. Faz parte.

Coisa comum

Nesta minha vivência de 40 anos de janela no futebol, tenho visto transferências complexas. Mas tudo se acomoda logo depois. Questão de pouco tempo. Hoje se tornou comum um ídolo de um clube vestir a camisa do rival. Taí Clodoaldo como caso mais recente.

Resistência

No Rio de Janeiro, creio que só mesmo até a década de 80 houve resistência na transferência de ídolo para o maior rival. Bebeto, por exemplo, ainda sofreu pressão quando saiu do Flamengo para o Vasco. Talvez tenha sido o último a enfrentar reação assim. Depois virou coisa comum.

Sem problemas

Aqui mesmo, no futebol cearense, Zé Eduardo, Amilton Melo, Artur, Pedro Basílio, Marciano, Lulinha, Osmar, dentre outros, já conseguiram ser ídolos dos dois maiores rivais, sem problemas. Faz parte do profissionalismo e das circunstâncias.

Desabafo

Reinaldo Aleluia fez longo desabafo no A Grande Jogada, comandado por Sebastião Belmino na TV Diário. Disse que gostaria de deixar o Ceará não da forma como está acontecendo, mas num clima consensual que o permitisse continuar amigo e admirador do presidente do clube, Eugênio Rabelo. Mas nada caminhou assim.

Contestação

Aleluia negou que tenha tido problemas com Ferdinando Teixeira, Luís Carlos Cruz e Dimas Filgueiras. Confirmou ter tido problema com Zé Teodoro, mas porque o Zé não teria sido esclarecido sobre uma determinada questão, fato que depois foi contornado.

Cuidado

Decididamente a situação de Cleiton requer muito cuidado para não acabar com o jogador. Sem Adriano e sem Rinaldo, se ele não servir ao Leão, quando servirá? Isso mexe com a cabeça de um atleta, principalmente jovem como ele é. Psicologicamente, pode ficar arrasado.

Mexida geral

Natural que Marcelo Vilar procure dar uma sacudida, fazendo alterações no time que quebrou a bola diante do Vitória. A dupla Ciel e Isaac, que já vinha entrosados do Icasa, é opção inteligente. Aliás, nem sei a razão por que Isaac não entrou logo no sábado passado.

Posição

Há jogadores que se escalam pela própria produção. Barbiéri me parece ser um novo exemplo do que costumo afirmar. Ele entrou quando o Ceará estava atônito e perdia por 3 a 0. Aí Barbiéri começou a dar lucidez as jogadas. Deu o recado. Para bom entendedor...

Repercussão

Estou impressionado com a receptividade das transmissões ao vivo do Campeonato Cearense de Futsal pela TV Diário. Se a repercussão já alcançou índices altamente satisfatórios, calculem no clássico Ceará x Fortaleza, segunda-feira próxima, às 21 horas, no Ginásio Paulo Sarasate? A todos agradeço as mensagens.

"Se eu pudesse ter trocado todos os jogadores, claro que teria feito".
Marcelo Vilar
Técnico do Ceará, sobre o que pensou ao ver o Vitória goleando o alvinegro