Volta tricolor
Expectativa sobre o retorno do Fortaleza. Boa imagem foi a do primeiro tempo diante da Ponte Preta. A imagem ruim aconteceu exatamente na fase final desse jogo, quando o time tricolor sumiu. O técnico Marco Aurélio deve ter tirado bom proveito da lição tomada em Campinas. Um dos principais defeitos do time foi a finalização. O Leão perdeu muitos gols ali. Isso tem sido motivo de preocupações. Adriano Chuva e Rinaldo em fase de recuperação. Cleiton deve ter nova missão. Sem pressão. A volta de Dude é para ser comemorada. Dosar energias é preciso. Jogos da Série B nacional exigem mais e provocam desgaste maior. Dificilmente um time mantém ritmo semelhante nos dois tempos. Observação válida para todos. O Santa Cruz, na estréia fora de casa, perdeu para o Ipatinga (2 a 1). Mas se recuperou em casa nos jogos seguintes: ganhou do Barueri (3 a 0) e do CRB (4 a 1). Está no G-4. Cheio de moral.
No Debate Bola
Eugênio Rabelo não foge das entrevistas. No meio de um bombardeio de insatisfações dos torcedores, ele compareceu ao Debate Bola (TV Diário) e, como ele mesmo disse, tem a coragem de dar a cara para bater. Há dirigente que só dá entrevista quando tudo está indo bem.
Insultos
Eugênio me disse que, no sábado, após a derrota do Ceará para o Vitória, ele escutou tudo o que foi possível ouvir de ofensas e insultos partidos da torcida alvinegra. Afirmou que fica sentido com as ofensas, mas entende a reação da torcida nos momentos de desventura.
Reflexão
Em certo momento, após ouvir tantos palavrões dirigidos a ele e à sua mãe, Eugênio me contou que passou a meditar sobre tudo aquilo que estava ouvindo. E questionou: “Eu e meu irmão colocamos dinheiro no clube. Eu me sacrifico e contrato jogadores. Portanto, acho que não sou merecedor dessas ofensas”.
Dirigente
Na verdade, o torcedor é muitas vezes cruel nas suas manifestações. Lembro o esforço do ex-presidente do Fortaleza, Ribamar Bezerra. Quantas vezes foi igualmente provocado de forma injusta. Ribamar deixou o Fortaleza estruturado, sem dívidas, pronto para grandes conquistas. Já agora encara a construção do CT. Ainda assim padeceu incompreensões.
Simplicidade
Bruno Mezenga, ainda meio tímido nas entrevistas, fato muito natural, é aposta do Flamengo, é aposta do Fortaleza, é aposta de muitos olheiros. Importante trazer quem quer jogo.
Referências
Não posso ainda opinar sobre o futebol do Mezenga. Como de praxe, opto por esperar. Dar tempo ao tempo para o rapaz se adaptar às novas condições. Tenho recebido boas referências sobre ele. A principal delas veio com muitos detalhes e me foi passada pelo torcedor Lauro Chaves Neto.
Baixinho
No programa Debate Bola (TV Diário), domingo próximo, a presença de Lelê, autor do mais belo gol do Campeonato Cearense 2007. Falará sobre seus objetivos. Andaram questionando a baixa estatura do rapaz. Se tamanho fosse documento, o cearense Babá jamais teria sido titular do Flamengo na década de 60. Babá até na Seleção Brasileira atuou.
Saúde
Que bom rever o querido Gomes Farias na Verdinha. Ele está em plena recuperação. Torço para que logo, logo, esteja de volta ao microfone com sua voz metálica inigualável.
Aleluia
Reinaldo Aleluia é jogador de qualidade apurada. Tê-lo na equipe é certeza de que incomodará qualquer adversário. Qual o time que não se preocupa, sabendo que do outro lado estará um atleta habilidoso, difícil de ser marcado, e que cria situações de gol a cada instante?
Meio time
O Ceará tem meio time ou quase um time todo para estrear. Complicações variadas (contusões, documentações) estão colocando um entrave, tirando de Marcelo Vilar a oportunidade de melhor utilização do elenco. Agora é a luta contra o tempo. A cada rodada sem usar o melhor, o Ceará amplia o risco de tropeços. Urge solução.
"Os times que deixaram pra se arrumar nos últimos dias estão sentindo os efeitos".
Everaldo Lopes, sobre a Série A na qual está o América/RN
Colunista da Tribuna do Norte de Natal/RN