Ouro puro
O futebol cearense tem o privilégio de registrar os maiores públicos do Brasil. Não tenho dúvida disso. E comprovado ficaria se houvesse uma análise comparativa com centros mais ricos e de maior densidade populacional como Rio e São Paulo. Respeitando-se as devidas proporções, restará provado que os cearense adoram o esporte das multidões. Agora mesmo no jogo do Ceará em Itu, interior de São Paulo, o público foi de apenas 240 torcedores pagantes, proporcionando renda de R$ R$ 1.935,00. Já aqui, na partida seguinte diante do Criciúma, o público pagante foi de 14.700 torcedores, resultado numa arrecadação de R$ 135.530,00. Vale frisar que só o público não pagante (602 torcedores) foi maior que o público pagante em Itu (240). Nos recentes jogos decisivos do Fortaleza, dois deles tiveram público acima de 33 mil torcedores. E, o da final, 55 mil torcedores. Um público desse é ouro puro.
Elite
Fortaleza e Ceará deveriam retribuir melhor a participação dessa gente. Como? Buscando a Série A do Brasileirão. Esse público merece estar na elite. Em jogos do certame cearense houve registro maior do que em muitas partidas da “A” nacional, nas duas rodadas iniciais.
20 anos
Notável sanfoneiro e piloto acrobático. Show no palco e na aviação desportiva. Waldonys completa hoje 20 anos de carreira. Comemora às 21 horas, no Theatro José de Alencar, onde grava seu DVD, com participações especiais de Renato Borghetti Tânia Alves e Fausto Nilo. Há dias, em São Paulo, gravou especiais para Francisco Pinheiro na Globo News e para Francisco José (Globo Nordeste). Está no auge.
Paz e amor
Narrei pela TV Diário o III Sul-Americano Caixa/Unifor de Atletismo. Foram 14 provas, 21 países, 126 atletas. No final, nenhuma violência senão medalhas, abraços, confraternização. Tão diferente do futebol, onde os vândalos estragam tudo. Graças a Deus, no atletismo, ainda predominam a paz e o amor. Que belo exemplo!
Desconforto
Há coisas que só acontecem com jogadores da terrinha. Caso de Jean, que teve bons momentos no Fortaleza. Houve uma época em que basicamente puxou o ritmo tricolor. Ali o vi em ascensão e imaginei que não mais teria viagem de volta. Teve. Não sei a razão, mas, de repente, nada mais deu certo. Para o ego de um jogador deve doer muito ser colocado em disponibilidade.
Pressa
Sim, diz o provérbio que a pressa é inimiga da perfeição. Concordo. Mas há momentos em que até a força dos provérbios tem de ser contrariada. No caso do Ceará, a pressa e a perfeição terão de andar juntas, de mãos dadas. O alvinegro não melhorará o padrão enquanto não apressar a utilização imediata de todos os reforços. Isso ficou claro no jogo passado.
Ganhar tempo
É preciso pressa no ajuste de linhas. É preciso pressa no conjunto. É preciso pressa para recuperar o tempo perdido. O time deveria ter sido preparado no “estadual” para estar no ponto na “Série B”. Como não foi possível, agora requer pressa para tirar a diferença.
Na medida
Pode até ser que me tomem como incoerente, pois estou pedindo pressa, mas peço também menos pressa aos meninos da linha de frente de Porangabuçu. Esses, porque apressados demais, produziram mal, principalmente no jogo passado. Cuido de explicar: até na pressa é preciso não se deixar levar pelos excessos. Pressa, sim, mas desde que esta não extrapole, tornando-se prejudicial e ineficiente.
Marcação
A ausência de Dude no jogo em Maceió, amanhã, será muito sentida. Dude, com seu estilo implacável de marcação, é o homem ideal para jogos fora de casa. Sim, as opções do Fortaleza são boas. Taí Cocito. Mas, sem desmerecer os demais, Dude ainda é o melhor na posição. Que o digam os seis títulos em oito anos.
Recordando
Nas décadas de 60 e 70, a cobertura de rádio predominava, pois ainda não havia transmissão do Campeonato Brasileiro pela tv. Os locutores viajavam muito. Na época, Peter Soares era narrador esportivo. Anos depois, Peter abandonou o rádio e foi exercer a função de juiz de Direito. Certa feita, vez em São Paulo, Paulino Rocha mostrou um prédio muito bonito ao Peter, dizendo que ali era um palácio. O Peter olhou e viu escrito na faixada “Fábrica de Roupas Renner”. Aí o Peter contestou, mas Paulino, inteligente todo, não perdeu a pose e disparou: “É o Palácio da Elegância”, Peter.
"Cada vez menos os jogadores consideram uma grande honra vestir a camisa da seleção".
José Inácio Werneck, sobre Kaká que não quer disputar a Copa América
colunista da Gazeta Esportiva.Net