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Treinadores

Nesta reta final de campeonato, são três treinadores cearenses, da gema, e um treinador de fora, Paulo Bonamigo. Conheço de perto Marcelo Vilar, Flávio Araújo e Júlio Araújo. Gente aqui da terrinha, que aprendeu na base de muito esforço e dedicação. O Marcelo deixou tudo, até mesmo um ótimo emprego no BNB, para apostar na profissão de treinador. Há conquistado seu espaço, inclusive no futebol paulista onde, não faz muito, comandou o Palmeiras. Dos quatro, ele é o único que já tem um título estadual, justamente no comando do Ceará Sporting Club. Flávio Araújo foi vice-campeão cearense pelo Icasa, em 2005, tendo perdido o título no último minuto do tempo normal e na prorrogação diante do Fortaleza. Lição que por certo aprendeu bem. Júlio faz hoje seu melhor trabalho. É simples, discreto. Sobre Paulo Bonamigo pouco posso falar, pois não tive ainda sequer um contato com ele.

Trabalhador

A impressão que Bonamigo me passa, à distância, é a de um profissional sério, muito trabalhador. Mas, se não for erro de avaliação de minha parte, não afeito a entrevistas senão de forma rápida, assim como que apenas por situação imposta pelo próprio cargo.

Atitude

Costumo respeitar postura de cada treinador. Lembro que algumas vezes convidei Valdir Espinosa para vir ao Debate Bola. Mas ele alegava a inconveniência do horário, 10 da noite. Compreendi. Não mais o convidei. Expliquei ao telespectador. E pronto.

À vontade

Muitas vezes o treinador não gosta de dar entrevista nem de participar de debates porque é tímido diante dos microfones e das câmeras de televisão. É normal. Não forço a barra. Deixo o profissional muito à vontade. Não há coisa pior do que forçar entrevista. Se é ruim para o entrevistado, imaginem para o entrevistador.

Destino

Por dois anos consecutivos, Clodoaldo foi o carrasco do Icasa. Em 2005, Clodô deu o campeonato ao Fortaleza quando o título estava na mão do time caririense. Em 2006, já pelo Ceará, Clodoaldo entrou e despachou o Icasa. Agora, o Verdão não terá esse incômodo.

Calmo

Pode ser que eu esteja enganado, mas a mim me parece que Júlio Araújo é o técnico mais calmo dentre os que estão na reta final do certame. Notei preocupação nos semblantes de Marcelo Vilar e Flávio Araújo. Notei aspecto introspectivo no rosto de Paulo Bonamigo. É a hora da verdade.

Dívida

Stênio, Dema e Kemerson ficaram devendo melhor produção no jogo em Juazeiro. Tiveram desempenho muito aquém do que são capazes. Já o meia Kelvin entrou muito bem no jogo. Entretanto, como dá sinais de que está além do peso, não consegue atuar dois tempos, o que é lamentável.

Paredão

Adilson é um dos trunfos do Ceará para o jogo de volta com o Icasa. Dirão, talvez, que o alvinegro precisa de gols. Verdade. Mas a referência aqui não diz respeito apenas ao que o goleiro representa como paredão senão como liderança em campo. Ele transmite muita confiança aos colegas.

Gols

Compromisso de Adriano Chuva e Rinaldo: a marcação de gols. Até agora, voluntariedade, bolas perigosas, chances perdidas. Mais um jogo assim virará complexo. Os dois têm competência, basta evitar a afobação nas conclusões.

Ao vivo

De Benê Lima (benecomentarista@yahoo.com.br): “Parabéns à produção pelo esforço e resultado positivo do Debate Bola (TV Diário) de domingo passado, ao vivo, de Juazeiro e Fortaleza´. Agradeço, Benê. E, domingo próximo, outra vez, às 22 horas, ao vivo, Juazeiro/Fortaleza.

Recado

De Francisco Rocha (chico1@hotmail): “Gostaria que você colocasse alguma coisa a respeito do maior jogador no Ceará, o Faeco. Ele é o guerreiro que, em campo, sempre dá sangue pelo alvinegro. Ele nunca pode ficar de fora desse time, nunca”. Taí, Francisco, seu recado dado, do jeito que você pediu.

"Daniel Sobralense atravessa a melhor fase de sua carreira. Ele faz a diferença".
Tadeu Viana
Colaborador (sobre o ótimo atacante do Icasa)