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Lição e cuidado

O nome era o mesmo: Atlético. Mas o de Minas. O Fortaleza tinha tudo para garantir a classificação para a etapa seguinte da Copa do Brasil, pois ganhara dos mineiros em pleno Mineirão. Seria, pois, entrar no Castelão e liquidar a fatura. Não faturou. Os mineiros conseguiram o que para muitos era impossível. No mata-mata da Copa do Brasil, não existe impossível. Tudo pode acontecer. Aquela lição que o Fortaleza levou, creio, foi muito bem assimilada. Hoje, o nome é o mesmo: Atlético. Mas não de Minas senão de Goiânia. Não acredito, porém, que o Fortaleza repetirá o descuido daquele fatídico jogo com os mineiros. Lição assimilada, bem aprendida, na ponta da língua. O Leão pode até perder por 1 a 0 que ainda assim estará classificado. Mas nada de facilitar ou compreender como vaga antecipadamente garantida. Na Copa do Brasil existem situações tão inusitadas que o maior dos cuidados ainda é pouco.

Ausência

Taí no que dá a violência: Ari e Simão fora do jogo de hoje. Se o atleta pensasse duas vezes antes das bobagens, o prejuízo pessoal seria bem menor. Mas, lamentavelmente, há atleta que não aprende, ainda que sob críticas da imprensa e carão dos dirigentes.

Retorno

Estou feliz ao ver no rol tricolor de aço o meia Ígor. Acompanhei toda a luta deste rapaz, em busca de sua recuperação. Dolorosos momentos, onde só mesmo o apoio da família foi capaz de encorajá-lo.

Houve instantes em que a incerteza tomou conta do atleta. Mas aí está ele, pronto para voltar aos gramados. Ígor, por sua fibra, merece vencer.

No Maracanã

A rigor, pelo que jogou o Botafogo aqui e pelo que apresentou na vitória sobre o Fluminense (1 a 0), domingo, no Maracanã, poucos acreditam na classificação do Ceará, amanhã, no Rio, para a próxima fase da Copa do Brasil, haja vista a grande vantagem e superioridade técnica do time carioca.

No grupo

Na conversa que mantivemos com Adilson, no A Grande Jogada, ele deixou claro que o grupo sabe da missão difícil e da atual situação privilegiada do Botafogo. Entende também que os cariocas estão mais entrosados e com melhor condição física. Mas nada disso, segundo Adilson, impede uma surpresa. Os jogadores do Ceará já debateram a situação e acham que não é de todo impossível chegar a um triunfo no Rio, embora tudo esteja para o Bota.

Ala

Desde que o Itapipoca se desfez do lateral-esquerdo Panda, nunca mais o time teve a mesma desenvoltura no citado setor. Nem quando o bom ala Neto é deslocado para essa posição, há o mesmo resultado da época em que Panda conduzia o serviço pela esquerda. Incrível como a ausência de Panda resultou na certeza de quanto ele era útil ao grupo.

Rotatividade

De Oliveira Lopes, hoje técnico do Guarani de Juazeiro, a Danilo Augusto, que agora assumiu o comando técnico do Uniclinic, prova inequívoca de uma rotatividade de treinadores no Uniclinic, fato que tem prejudicado a produção do time. Nem deu tempo Vítor Hugo esquentar o banco. Culpa dos técnicos ou qualidade do elenco?

Pedido

Do dr. Eustáquio (eus-@bol.com.br): “Gostaria que você falasse do Tiradentes, meu time do coração (a camisa parece com a do Barcelona), que está renovando o grupo, visando a iniciar a segundona cearense. Com certeza tem promessa de retorno à primeira divisão. O que você, acha?” O Tigre tem tudo para voltar à elite: estrutura e determinação dos dirigentes.

À distância

Quem mais torce para ver outra vez Ígor em ação é Bechara, protagonista do infeliz lance em que o primeiro se contundiu gravemente. Lance inusitado, casual. Hoje, brilhando no futebol da Dinamarca,  Bechara acompanha à distância a recuperação do amigo. E vibrará muito quando Ígor reconquistar a posição no Leão.

Recordando

Adilson vai completar 100 jogos como goleiro do Ceará. Uma marca histórica. Desde 1957, conheci grandes goleiros alvinegros. Na década de 50 e início da década de 60, Ivan Roriz, de quem fui fã incondicional. Para mim, um verdadeiro ídolo. Depois vieram nomes como Harry Carey, Gilvan Dias, George, Aloísio Linhares, Ita, Pedrinho (também chamado de Pedronito), Lulinha. Registro a presença de Hélio Show e, posteriormente, Sérgio Gomes, Rafael, Washington, Hélio Show e Chico. Pode ser que eu tenha esquecido algum nome. Desculpem-me. Lapso da memória.

"É bom receber todo esse reconhecimento por parte da torcida e dos dirigentes".
Adilson, referindo-se aos 100 jogos pelo Ceará
Goleiro