Clássicos
Há alguns anos, o futebol cearense tinha apenas três clássicos: Ceará x Fortaleza, Fortaleza x Ferroviário, Ferroviário x Ceará. Hoje, o Icasa está mudando essa situação. Seus jogos com Fortaleza e Ceará têm a importância dos encontros superiores, haja vista o interesse, a articulação das torcidas e a cobertura da mídia. As coisas começaram a mudar desde 1992, quando o Verdão do Cariri ganhou o título no tapetão ao lado de Fortaleza, Ceará e Tiradentes. Já no ano seguinte, 1993, o Icasa foi vice-campeão cearense, desta feita em campo (nada de tapetão). E assim também em 1995, em 1999 (com o nome de Juazeiro) e em 2005. Que elementos são necessários para a caracterização de um clássico? Penso que, dentre outros, os adversários devem ter história, tradição e imensa torcida. O Icasa vai gradualmente alcançando esse perfil. Já é possível, sim, incluí-lo como time protagonista dos chamados clássicos.
Pólo
No próximo ano, uma vez possível mudar o regulamento do campeonato, o Cariri deve lutar pelo direito de sediar a partida final do certame cearense, desde que um de seus representantes esteja na decisão. Não vejo motivo para se manter tamanha discriminação.
Bandeira
É importante até que as autoridades de Juazeiro já pensem nesta parte, promovendo as devidas adaptações do Romeirão, deixando-o desde já pronto, ou seja, atendendo a todas as exigências postas no caderno de encargos da FCF. A rigor, faltam apenas pequenos detalhes.
Lateral
Impressionante como Maurício chegou e logo se estabeleceu no Ceará. Geralmente, espero três jogos para avaliar um jogador contratado. Na estréia, diante do Maranguape, ele já mostrara serviço. E, na vitória sobre o Barras, pela Copa do Brasil, confirmou seu bom futebol. Tem tudo para melhorar mais ainda, creio.
Foco
Com relação a Michel, não tão brilhante quanto Maurício, mas fazendo bem a parte que lhe toca. Prefiro, porém, dar mais um tempo, esperando que ele se solte mais. Michel me parece ainda em busca de melhor adaptação no conjunto, o que é normal.
Dedicação
Paulo Vágner, presidente do Ferroviário, não merece as críticas feitas por alguns torcedores. Só ele sabe o que é manter um time que tem receita limitada. Assim mesmo, fez contratações importantes, a partir do próprio treinador José Dutra. Para quem está fora é fácil criticar. Quero ver é lá dentro...
Observação
Claro que não será possível ao Fortaleza já apresentar, domingo, o perfil que o novo técnico, Paulo Bonamigo, pretende dar. Só com o tempo e mediante os devidos ajustes, Bonamigo conseguirá dar ao Fortaleza o padrão adequado ao elenco ora disponível. O momento é mais de observação.
Adversário
Se, de um lado, será ruim para Bonamigo estrear logo diante do líder Icasa, de outra parte tem um aspecto positivo: ele poderá avaliar de imediato um dos times mais cotados para a decisão deste ano, ou seja, o Verdão do Cariri.
Oportunidade
No futebol, raras são as chances de consagração. Alcimar, que saiu do Uniclinic, teve tudo para se tornar herói e entrar para a história do futebol cearense no Icasa em 2005, quando o título esteve ao seu alcance, mas fugiu-lhe das mãos no último minuto. Melancólica foi agora sua estada no Uniclinic.
Produção
Há jogador que se escala. Caso de Diego, do Ferroviário. Ele entrou no jogo contra o Quixadá exatamente quando dramática era a situação. Diego melhorou o rendimento do grupo e foi responsável pela reação coral no segundo tempo. Há jogador que se escala assim, produzindo.
Foto
Vários leitores me ligaram para corrigir equívocos de nomes constantes da foto do Ceará, de 1959, ontem publicada no Recordando. No lugar de Chico, o nome certo é Hermínio. E, no lugar de Alencar, o nome correto é Ivan Carioca. Há quem diga que a foto é de 1960 e não de 1959. Taí as observações dos leitores.
Recordando
Década de 50. Ceará x Remo/PA no PV. No lance, gol do Ceará assinalado pelo atacante Pipiu, que aparece caído, enquanto o meia Alencar comemora. Pipiu, ídolo na época, Campeão do Norte pela Seleção Cearense em 1954, ganhou também o título estadual pelo Gentilândia em 1956. Era bom demais. (Colaboração de Nonato Holanda).
"Domingo, todos foram farinha do mesmo saco, exceto Getúlio e Broa".
Sérgio Sobreira, sobre a derrota do Fortaleza para o Guarani
Radialista