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O jovem e o clássico

Cleiton, artilheiro do campeonato, disputará domingo, pela primeira vez, o maior clássico do futebol cearense. Por certo, quando criança, muitas vezes sonhou com oportunidade assim. E a mesma o surpreende não como mero participante, mas como goleador mor do certame. E o envolve no meio de nomes que ainda ontem pareciam para ele muito distantes como, por exemplo, Rinaldo, Reinaldo Aleluia, Dude, Vinícius... A consagração de um artilheiro só acontece mesmo no maior clássico. Foi assim que Gildo e Croinha, na década de 60, construíram suas famas. Assim Hélio Carrasco e Lusinho das Arábias edificaram o pedestal onde foram aclamados ídolos. Assim Clodoaldo e Sérgio Alves, há poucos anos, assinaram suas passagens como artilheiros contumazes. Hoje, pela intimidade com o gol, Cleiton está sendo a revelação do ano. Resta saber como ele se comportará diante do grande desafio.

Semelhanças

Quem vê as entrevistas do jovem Cleiton, logo lembra o jeito de Bechara quando começou sua carreira. Além da semelhança física, a maneira de falar, de olhar e o jogo de mãos, tudo muito parecido. Aliás, Cleiton bem poderá seguir os caminhos de Bechara, craque e bom caráter.

Frustração

Vavá, longe dos campos de futebol. Por imbróglios permitidos pela legislação esportiva brasileira, o jogador fica afastado, na dependência dos humores de seus “proprietários”. Domingo seria dia de Cleiton x Vavá. Mas a escravidão, apesar do fim da lei do passe, ainda existe no futebol brasileiro.

Atendido

O técnico Marcelo Villar tão cedo não poderá reclamar da diretoria alvinegra. Afinal, o alvinegro tem trazido os jogadores que ele pediu. Caso, por exemplo, de Cauê, Victor, Thiago, Helder, Maurício, Júnior Petrolina, Michel, Roger...

Projeção

Na época em que Ciro Gomes foi governador dos cearenses, mandou fazer um estudo sobre como a iniciativa privada poderia apoiar Fortaleza e Ceará no objetivo de subirem para a Série A. Ciro acreditava que isso seria também um meio de divulgação do estado.

Estratégia

Bom saber o que pensa agora o irmão de Ciro, Cid Gomes, hoje governador do Ceará. O governo não deve abrir os cofres, mas deve participar da estratégia para atrair empresas, visando a fortalecer o futebol.

Mídia

Time na Série A do Campeonato Brasileiro, além do status, oferece melhores condições de divulgar o estado e suas riquezas. A rigor, as empresas turísticas cearenses não souberam explorar esse filão quando o Fortaleza esteve na elite do futebol brasileiro. Ora, amigos, o Leão ocupou horários nobres do esporte na telinha nacional. É hora, pois, de alavancar outra vez o futebol cearense.

Novo futsal

Mais de 100 times na Copa Metropolitana. Mais de 80 cidades no Intermunicipal. A FCFS passa por uma reorganização interna. As transmissões ao vivo pela TV Diário e a volta do papa, Sílvio Carlos, ao comando do futsal colocam novamente esse esporte na mídia e no estrelato.

Ataque

Vejam como está o grupo de ataque do Internacional/RS, atual campeão do mundo: Fernandão, Iarley, Alexandre Pato e Christian. Com um detalhe: enquanto Fernandão e Pato ainda se recuperam de contusão, Christian e Iarley estão empolgando o treinador Abel Braga. O cearense Iarley, segundo a imprensa gaúcha, está cada vez melhor.

Sereno

O começo do Ferrão foi bom ( 3 a 1 no Quixadá, 3 a 1 no Maranguape, 2 a 2 Itapajé, 2 a 1 no Uniclinic). As dúvidas eclodiram na goleada diante do Fortaleza (Leão, 4 a 0) e na derrota para o Ceará (Vozão 2 a 1). José Dutra mantém-se sereno, a despeito de saber que técnico vive de resultado. Delicada a situação, domingo, no Cariri.

Recordando

Colombo Sá e Jurandir Mitoso, dois “pistas” que fizeram sucesso nas transmissões de futebol do rádio cearense na década de 60. Os dois, graças a Deus, continuam no batente. Eles começaram suas vidas profissionais no final da década de 50. Colombo segue com seu programa “Não Dorme Ninguém“, na Ceará Rádio Clube, e Jurandir Mitoso é papo firme na Rádio Cidade. Durante muitos anos, Jurandir Mitoso apresentou na Rádio Verdes Mares o programa “Pajaraca”. Instado a explicar o significado da palavra pajaraca, ele disse que até hoje ainda tenta descobrir, mas não sabe o que é.

"Muitos são os brasileiros com chance de medalha. Já o número de títulos é mais restrito".
Benê Turco, sobre o Pan no Rio - Jornalista, especialista em Atletismo