Pausa
Várias explicações me foram dadas para justificar a pausa de uma semana no futebol cearense. Uma delas: na elaboração da tabela do certame local havia necessidade de reserva de espaço para a Copa do Brasil, pois ainda não se sabia em que datas jogariam nessa competição Ceará e Fortaleza. Segundo avaliação do cel. Gomes da Silva, houve também a idéia de deixar a semana do clássico livre, visando a dar aos clubes bom tempo para os treinamentos. Outro fator argüido: quem jogasse na quinta iria alegar o privilégio dado a quem atuasse na quarta, que teria um dia a mais para preparação. E, finalmente, alívio de uma semana no bolso do torcedor, deixando-o com grana para ingressos e lanches no clássico. Tudo bem. Aceitei as argumentações. Graças a Deus, longe o tempo em que havia jogo quase todo dia. Saturação que estourou atletas, cronistas e torcedores porque fastidiosa e inconveniente a programação.
Referências
São ótimas as referências sobre Hélder, contratado pelo Ceará. Elogios de toda ordem. Como de praxe, aguardo um pouco para opinar. Aliás, este bombardeiro de elogios antes da estréia pode até nem ser bom para o atleta, pois gera cobrança e pressão antecipadas.
Sugestão
Se de um lado não pega bem a posição de Rinaldo que sempre protesta quando é substituído, de outra parte mostra o aspecto positivo, que é a sua vontade de jogar. Revela a disposição dele para o trabalho. Em síntese: Rinaldo chia porque quer continuar na luta. Tudo bem. Ótimo. Mas ele precisa aprender duas coisas: aceitar a decisão do técnico e dar incentivo ao atleta que entra.
Apoio
Muitas vezes, uma manifestação assim, como a de Rinaldo, pode deixar constrangido o atleta que entra. Mais correto é o próprio Rinaldo dar força ao companheiro. Fica aí a sugestão ao Rinaldo, que é gente boa.
Goleiros
Tenho acompanhado o desempenho dos goleiros. Não apenas Adilson vem atuando bem. Claudevan, do Icasa; Marcelo Silva, do Uniclinic; Dell, do Itapajé; e Jefersson, do Ferrão, andam fazendo grandes defesas.
Sem nível
A feia discussão entre Luxemburgo e Marcelinho, num programa esportivo, revelou o desequilíbrio de ambos. Parecia a baixaria que alguns programas de tv fazem por encomenda.
Expectativa
Tem muita gente boa para entrar no Fortaleza. Basta citar Ricardinho e Nonato. Mas não creio que Daniel Frasson vá mexer além do essencial. Daniel é muito de examinar as circunstâncias para compor a solução mais adequada. Quero crer que, de início, promoverá apenas o retorno de Dude, Jean, Thiago e Aldivan. A não ser que os treinos revelem composição mais favorável.
Apresentação
Quarenta caratecas cearenses farão apresentação especial no intervalo do clássico Fortaleza x Ceará, domingo, no Castelão. São medalhistas em várias categorias do caratê. Será a primeira vez que um esporte amador ocupará esse espaço.
Sensata
Muito equilibrada a opinião do crítico Dacildo Mourão, exposta ontem no Diário do Nordeste, a respeito do atual momento da arbitragem cearense. Dacildo mostrou, com fortes argumentos, que os árbitros são bons e que merecem o apoio dos clubes e dos desportistas. Em nada contribuirá a queimação. Erros acontecem. Concordo que, dependendo das circunstâncias, venha árbitro de fora para apitar a final do certame.
Postura
O presidente da Ceaf (comissão de arbitragem), Cel. Afrânio Lima, há se conduzido bem diante das manifestações dos dirigentes dos clubes. Analisa se procedem ou não as representações. Toma decisões fortes, internas, sem jamais aceitar ingerências. Está certo. Mantém a autoridade sem a necessidade de ser autoritário.
Recordando
Gilvan Dias, craque-repórter-presidente. Como goleiro, atuou no Gentilândia campeão cearense profissional de 1956. Na década de 60, brilhou no Ceará. Teve aí espetacular desempenho na Taça Brasil, num jogo contra o Bahia na Fonte Nova, em Salvador. Dizem que até hoje jamais alguém repetiu atuação tão perfeita. Na função de técnico, sagrou-se campeão cearense pelo América em 1966. Como cronista, marcou sua presença na Rádio Uirapuru e Rádio Dragão. Presidiu a Apcdec durante muitos anos. No Fugap tem atuação permanente. É advogado. Um nome respeitado.
"Ele é tão pequeno que até pra gente é difícil enxergá-lo em campo".
Mazinho Lima, sobre Lelê - Meia alvinegro