O futebol não foi liberado nesta terceira etapa da flexibilização no Estado do Ceará. Isso frustrou alguns segmentos. Havia quem apostasse no retorno imediato, haja vista a situação favorável da cidade de Fortaleza. A queda da curva de contaminação na "Loira desposada pelo Sol" dava a impressão de que não haveria obstáculos para a volta das práticas futebolísticas oficiais, observados os protocolos de segurança sanitária. Aliás, as medidas que dizem respeitam à Arena Castelão já foram devidamente divulgadas pelos meios de comunicação. Agora é esperar qual será o próximo passo. Um pouco mais de espera, de paciência (haja paciência!), de resiliência, sem perder o direito de estrebuchar. Todos os questionamentos são válidos. Por que os shoppings podem abrir e os estádios, sem torcida, não podem? Onde mais próxima está a aglomeração, num shopping ou num estádio sem público? Bom, cada um com seu olhar, cada um com sua avaliação. A rigor, em matéria de Covid-19 sempre houve entre os cientistas profundas divergências. Muita contradição, principalmente quanto às medidas sanitárias. Nunca a ciência do mundo patinou tanto em cima do invisível.
Reação
A APCDEC, entidade dos cronistas esportivos do Estado do Ceará, divulgou nota oficial na qual defende o urgente retorno do futebol. É que a classe vem padecendo com as graves consequências da perda de patrocínio, exatamente pelo fato de não haver as transmissões dos jogos de futebol. Sem transmissão, não há receita publicitária.
Número elevado
O presidente da APCDEC, Alano Maia, explicou na nota que mais de quinhentos profissionais da área de comunicação dependem exatamente do futebol para desenvolver seus trabalhos. Pais de família que tiram o seu sustento exatamente nessa atividade, muitos deles através de arrendamentos de horários nas emissoras de rádio. A crise que atingiu o setor é muito grave.
Solicitação
O pedido de retorno do futebol é também um "SOS" lançado pela APCDEC. Se houver mais demora, os poucos contratos de publicidade ainda em vigor chegarão ao fim. O objetivo, com a volta do futebol, é também a volta da publicidade nos diversos segmentos. Daí o apelo da entidade ao prefeito Roberto Cláudio e ao governador Camilo Santana.
A APCDEC tem mais de setenta anos de existência. Foram presidentes da entidade vários nomes: Afrânio Peixoto, Antonio Almeida, Aliatar Bezerra, Antonio Pontes Tavares, Cid Carvalho, Colombo Sá, Gilvan Dias, Sérgio Ponte, Aderson Maia e Edilson Alves.
O atual presidente, Alano Maia, está no segundo mandato. O querido Sebastião Belmino chegou a ser eleito presidente da APCDEC, mas, por motivos particulares, acabou não assumindo. Parabéns ao Alano pela iniciativa de lutar pelo rápido retorno do futebol.