Foi desta forma que o Fortaleza conseguiu sua arrancada decisiva na Série A do Campeonato Brasileiro. Com um trabalho tático efetivo de Rogério Ceni e a dedicação dos jogadores em campo, o Tricolor do Pici vai arrancando vitórias e empates importantes na competição. E como o trabalho bem feito sempre traz bons resultados, além de conseguir a permanência, com 49 pontos, a equipe leonina se garantiu na Sul-americana e se mantém vivo por uma vaga na Libertadores.
Contra o Goiás, ontem, o Fortaleza não finalizou tanto quanto na Arena Castelão, mas foi decisivo para vencer com gols de grande oportunismo, de quem joga dentro da área do adversário, marcados por Bruno Melo e Osvaldo. Restam duas partidas ainda, contra Fluminense e Bahia. É vencer o que tem pela frente e secar Corinthians e Internacional. De resto, o Tricolor de Aço alcançou uma sonhada conquista, que foi a vaga para disputar competição internacional depois de tantos anos de história. E como vai ser o Leão na Sul-Americana? É fato que o atual formato da competição já coloca um adversário estrangeiro no caminho do time tricolor. Será uma grande festa na Arena Castelão.
Vencer ou vencer
Ao Ceará, não há muito mais o que fazer. Tem obrigação de vencer nas duas partidas que lhe restam. Contra Corinthians e Botafogo, o Vovô precisa fazer o que não fez em boa parte deste Brasileirão: ganhar bem e fora de casa também. Para isso, o time vai precisar superar o obstáculo maior que tem tido ao longo destas 36 rodadas: ter alguém para fazer gols de fato. Coisa que o Alvinegro não tem.
Homem-gol? Não tem
Um artilheiro para chamar de seu é algo que o Ceará não tem. Pelo menos, que seja atacante. Thiago Galhardo, que tem mais gols pelo time, não é atacante de ofício e não vive uma boa fase, entre bons e maus jogos. Homem de referência no setor ofensivo, contratado para isso, há apenas Bergson e Felippe Cardoso. Ambos já mostraram que não são tão íntimos assim da bola.
Erro constante
Aliás, no quesito "atacante", a diretoria alvinegra errou muito nesta temporada. As contratações para o setor estiveram longe de ser aquelas dignas de um time de Série A. No primeiro semestre, um Roger pouco ofensivo era a esperança de gols. Não resolveu. Depois, Bergson e Romário surgiram como opções que se mostraram ainda menos eficientes. Felippe Cardoso só foi bem nas primeiras partidas. Sem contar o gasto milionário com Wescley e Leandro Carvalho, que não disseram a que vieram.
Novo ciclo
Ferroviário inicia pré-temporada nesta semana. É esperar para ver se o Tubarão entra nos trilhos de novo. Porque 2019 passou longe de 2018.
Lamentável
O Cariri sempre foi a região do Estado mais representativa no futebol depois da Região Metropolitana de Fortaleza. É uma pena só ver o Barbalha na elite. Guaraju e Verdão estão mandando mal. Coluna escrita por Roberto Leite