Inesquecível feito coral na Copa do Brasil

Leia a coluna de Tom Barros

Hoje, às 19:30, no Castelão em São Luís, o Ferroviário começa a sua caminhada na Copa do Brasil de 2024. Pelo regulamento, basta um empate para o Tubarão ganhar a vaga na etapa seguinte, fortalecendo o cofre com R$ 945 mil. No tocante a cotas, a Copa do Brasil paga muito bem. O Maranhão, adversário do Ferrão logo mais, está na sexta colocação do Grupo A da Copa do Nordeste. Já no Campeonato Maranhense, lidera a competição, com 22 pontos, após nove rodadas. Seus últimos resultados: ganhou do Juazeirense por 2 a 1 na Copa do Nordeste e perdeu para o Tuntum por 2 a 0 no Campeonato Maranhense.

Portanto, uma equipe que está mais ou menos no mesmo patamar do Ferroviário. No Campeonato Cearense, o Ferrão está nas quartas de final, com a vantagem do empate no jogo de volta com o Iguatu. O Ferroviário não disputa a Copa do Nordeste. A rigor, o Ferroviário não vem repetindo as boas atuações que o levaram ao segundo título de campeão da Série D nacional, sob o comando de Paulinho Kobayashi. O jogador referência do Ferroviário, Ciel, não está apresentando o que tem condições de apresentar. Do desempenho dele depende muito a produção ofensiva coral. 

Inesquecível 

Sempre que o Ferroviário participa da Copa do Brasil, não consigo deixar sem registro um dos momentos mais espetaculares do time coral. Aconteceu na Copa do Brasil de 2018. O Ferroviário tinha eliminado o Confiança na primeira fase. Na segunda fase, foi enfrentar o Sport na Ilha do Retiro. Jogo único. Se houvesse empate, a decisão seria nos pênaltis. 

Incrível 

Na Ilha do Retiro, o Sport, então integrante da Série A nacional, recebeu o time coral. O Sport era favorito absoluto, até porque fazia parte da elite do futebol brasileiro. O Favoritismo começou a se confirmar. O Sport abriu uma vantagem de três gols. O placar de 3 x 0, gols de Anselmo, Fabrício e Marlone, deu a impressão de que tudo estava resolvido a favor do time pernambucano. 

Ledo engano 

Ninguém poderia imaginar uma reviravolta. Até 30 minutos do segundo tempo, o Ferroviário ainda perdia por 3 a 0. De repente, uma reação sensacional, comandada por Valdeci que saiu do banco para dar um show. Dele o passe para Mazinho marcar o primeiro gol coral (3 x 1). Dele o passe para Mazinho marcar o segundo gol coral (3 x 2). Ele, Valdeci fez o terceiro, o gol de empate (3 x 3). 

Pênaltis 

Com o empate (3 x 3), gols corais marcados em apenas11 minutos, a decisão foi para os pênaltis. O Sport tremeu. O Ferroviário venceu nos pênaltis (4 x 3), gols de Janeudo, Valdeci, Rodrigo e Mazinho. Uma reação histórica. Em 2018, o Sport estava na Série A. O Ferrão estava na Série D. O Ferrão foi campeão da Série D, seu primeiro título nacional. Um ano de notáveis feitos do Ferrão. 

Expectativa 

O jogo do Ferroviário, hoje, em São Luís do Maranhão, terá dupla importância. Primeiro: o objetivo da vitória sobre o Maranhão que valerá alto valor financeiro para o Ferroviário (quase um milhão de reais). Segundo: retornar fortalecido para decidir em Iguatu a vaga na semifinal cearense. Uma derrota hoje poderá comprometer o moral do grupo para o jogo de volta em Iguatu.