Sérgio Ramirez foi um ex-jogador uruguaio que se destacou na seleção de seu país e no Flamengo, onde ganhou o bi carioca 1978/79. Junto aos vitoriosos feitos, a sua vida profissional ficou marcada também pela carreira que deu em Rivelino, no Maracanã (1976), após um Brasil x Uruguai. É que Rivelino teria dado um soco em Ramirez. Este dissera ao Riva que daria o troco. Ao apito final, Ramirez disparou atrás de Rivelino. Este mais rápido correu para o vestiário. Riva, embora tenha escorregado na boca do túnel, escapou. Em 1999, já como técnico, Ramirez esteve no Ceará. Trouxe a família. Quando de um treino do Ceará na praia, com ele estava seu filho, o então garoto Giovanni Ramirez, que vinha saindo do mar com a prancha de surf. O repórter Victor Hannover rápido fez interessante matéria que ganhou espaço em rede nacional. Anteontem, o professor e desportista Evandro Ferreira Gomes promoveu uma “live” da qual Sérgio Ramirez participou direto de Santa Catarina. Ele lembrou dessa matéria. E quer saber quem pode lhe arranjar uma cópia porque foram imagens inesquecíveis que levaram profunda emoção à sua família.
Fisiologista
O garoto da matéria, Giovanni Ramirez (na época deveria ter uns onze anos) é hoje fisiologista do Ceará. Um profissional respeitado por sua competência e dedicação ao trabalho. Faz 21 anos que essa matéria com Sérgio e seu filho Giovanni foi feita. Mas Sérgio deseja tê-la porque foi um dos momentos mais tocantes da sua vida.
Vídeos
Sérgio Ramirez tem muitas imagens de suas conquistas como jogador nos títulos de bicampeão carioca pelo Flamengo (1978/1979), campeão pernambucano pelo Sport (1980) e campeão paranaense pelo Pinheiro (1984). Mas lhe falta no acervo a matéria que ele agora quer receber, ou seja, a de quando era técnico do Ceará e Giovanni apenas um garoto surfista.
Lembrado
Há determinados atos na vida que ficam como um carimbo. Nunca mais Sérgio Ramirez conseguiu se desligar de vez daquela imagem do uruguaio valentão, correndo atrás do Rivelino no Maracanã. Foi um fato isolado que há muito já deveria ter sido substituído por outros atos de nobreza do jogador. Mas parece impossível separar uma coisa da outra.
Pílulas
Há equívocos tidos como verdade no Maracanã. Fizeram de Obdúlio um caudilho que tinha esbofeteado Bigode na decisão da Copa de 1950. Não houve isso. E Ramirez não foi algoz de Rivelino. Consta que, pelo contrário, sofrera agressão de Riva e tentara apenas se vingar.
São essas coisas do futebol. Verdade é que Sérgio Ramirez integrou-se à vida brasileira. É um homem de bem que soube educar os filhos com decência e dignidade. Prova disso está aí o Giovanni, homem íntegro, de caráter, dando sua significativa contribuição ao Ceará.