Faltou um Clodô no Paris Saint-Germain

A final da Champions League me fez ter saudade do "Baixinho Bom de Bola", o terror, Clodoaldo matador. Os críticos certamente repetirão o que muitas vezes ouvi, ou seja, que o Baixinho lá nem andaria, pela falta de preparação física. Tudo bem. Mas eu me refiro ao toque sutil, genial, inteligente, que mata o goleiro ou o deixa prostrado, desmoralizado, como Rogério Ceni, então goleiro do São Paulo, ficou no Estádio Castelão. Clodô, com desprezo, olhou para o goleirão Ceni caído, batido, humilhado, mesmo sendo celebridade. Ora, Neymar, Mbappé, Marquinhos e Di María tiveram chances claras, cristalinas, mas chutaram onde o goleiro Neuer estava. Em duas delas, Neuer defendeu esticando a perna. Cadê o toque sutil para encobrir o goleiro alemão? Outro com o toque da genialidade, se lá estivesse, seria Romário. Sim, outro Baixinho, danado, matador. Tudo bem, são suposições. São elucubrações de quem queria o PSG campeão, mas viu o Bayern com a taça e no pódio. É o futebol que às vezes premia o melhor, mas às vezes castiga o melhor. No caso atual, fez justiça: o Bayern de Munique foi o melhor mesmo. Mas se o PSG tivesse um "Clodô"...

Outro

Mais um baiano no caminho do Ceará. Amanhã será o Vitória-BA pela Copa do Brasil. No primeiro jogo, dia 12 de março, ainda com público no Castelão, um toró fez do gramado piscina. O Vozão ganhou (1 x 0), gol de Rafael Sóbis. Depois, dia 25 de julho, já sem público, o Ceará ganhou (0 x 1) no Pituaçu, gol de Vina, pela Copa do Nordeste.

Próximos

Fortaleza e Corinthians fazem campanhas bem próximas. O Corinthians (14º) tem 4 pontos em três jogos. O Fortaleza (16º) tem 4 pontos em 4 jogos. Não há, na verdade, nenhum clube que tenha mantido trabalho de alta performance continuado. Houve a impressão de que seria o Atlético de Minas. Não continuou.

Sequência

O Vasco encaixou uma sequência de vitórias nas rodadas iniciais, fato que há anos não acontecia. Chegou à vice-liderança. Goleou o Ceará (0 x 3). Mas, creio, ainda ser muito cedo para dizer que será candidato ao título, já pelas próprias oscilações que vem sofrendo nos últimos anos. De qualquer forma, um início bastante animador.

Clebão, que fez bonito na Copa do Nordeste, confirma na Série A sua vocação de artilheiro. Tem três gols, ao lado de Nenê (Flu), Felipe Bastos (Vasco), Alerrandro (Bragantino ), Marinho (Santos), Cano (Vasco), Paolo Guerrero (Inter) e Thiago Galhardo (Inter)

Interessante é que desse leque, outros dois jogadores que dividem a artilharia nacional já atuaram também pelo Ceará Sporting Club: Marinho, em 2015, e Thiago Galhardo, em 2019. Clebão é uma das maiores surpresas da atual Série A do Campeonato Brasileiro