Os resultados insatisfatórios do Ceará no início de 2023 criaram embaraços no setor diretivo do clube. Os fantasmas da repetição dos mesmos erros do ano passado começaram a visitar Porangabuçu. As semelhanças fizeram crescer o medo entre os dirigentes. Em 2022, o Ceará foi eliminado do Campeonato Cearense pelo Iguatu, eliminado da Copa do Nordeste pelo CRB eliminado da Copa do Brasil pelo Fortaleza. Como nenhuma posição drástica foi tomada pelo então presidente, Robinson de Castro, o time fechou o ano rebaixado para a Série B, culminando a crise com a queda do próprio Robinson.
Agora, ao contemplar a sequência de insucessos como a perda do campeonato estadual, eliminação da Copa do Brasil e péssimo começo na Série B nacional, o alto comando alvinegro resolveu não correr o risco de tropeçar na mesma pedra que Robinson tropeçou. Não quis se expor a acusações de omissão. Então, num julgamento sumário, executou o técnico Gustavo Morínigo. E logo colocou no lugar Eduardo Barroca, que já está trabalhando. A diretoria, entre a cruz e a espada, livrou-se do pecado da omissão, mas assume o risco da precipitação. Tudo vai depender dos próximos resultados.
A missão
Eduardo Barroca sabe da responsabilidade que assumiu. Mesmo sem tempo para trabalhar, terá de dar uma resposta imediata em campo. Rolará por terra a retórica das boas explicações após os jogos, se estas não vierem acompanhadas de resultados práticos, ou seja, os que poderão tirar do sufoco o alvinegro.
Elenco
Até agora está na berlinda a qualidade técnica do elenco do Ceará. O time, em momentos, deu sinais de que poderia deslanchar. As três vitórias seguidas sobre o Fortaleza foram animadoras. Mas logo depois vieram as desilusões. A revelação do verdadeiro potencial do grupo está agora nas mãos de Eduardo Barroca. Não raro, as correções de rumo produzem efeito positivo. É o que se espera.
Mudança
Às vezes, um jogador, que não está indo bem, passa a render o máximo quando se transfere para outra equipe. É o caso de Lima, ex-Ceará, agora no Fluminense. Um atleta de qualidade. E ele tem qualidade mesmo. Mas não vinha jogando bem no Ceará. De repente, se encaixou no time do Fluminense, do Fernando Diniz, e passou a receber significativos elogios da crônica carioca.
Posição
Sábado próximo, no Castelão, uma vitória do Fortaleza diante do Fluminense será plenamente possível. É verdade que o Tricolor das Laranjeiras, sob o comando do maestro Fernando Diniz, deu um concerto no primeiro tempo, com encantadora produção na vitória sobre o Athletico-PR. Mas, na fase final, o time paranaense andou apertando, tendo desperdiçado boas oportunidades de gol.
Bonito
Teoricamente, o jogo Fortaleza x Fluminense tem tudo para ser um show de futebol. Se o Fluminense está dando concertos, o Fortaleza tem sido protagonista de grandes espetáculos. O Leão também sabe jogar bonito. As equipes sob o comando de diz Diniz primam pela harmonia, criatividade, conjunto e versatilidade. Sob o comando de Vojvoda também. Logo...