Muita gente. O Ceará apostou. Trouxe jogadores para todos os tipos e gostos, modelos e esquemas, jovens e maduros, gente de variados credos. E é assim que o Vozão encara 2020. Resposta do presidente Robinson de Castro que passou por terríveis apertos no fim do ano passado, quando do Ceará à beira do abismo. A qualidade dos novos jogadores, com base no currículo, é boa. Todos estão à altura de uma equipe Série A.
O Vozão contratou um time. As origens foram variadas. Prass é gaúcho de Viamão-RS, Eduardo é de Maceió - Alagoas, Klaus é gaúcho de Dois Irmãos-RS, Pagnussat é paranaense de São Jorge D'Oeste, Bruno Pacheco é paulista de Pitangueiras, Charles é gaúcho de Santiago-RS, Vinícius é paranaense de Curitiba, Rafael Sóbis é gaúcho de Erexim-RS, Rogério é pernambucano de Pesqueira e Rodrigão é baiano de Belmonte. O Rio Grande do Sul foi o que mais contribuiu: quatro jogadores. Do Paraná, vieram dois. De Alagoas, um. De São Paulo, um. De Pernambuco, um. Da Bahia, um. Juntam-se aos que já estavam em Porangabuçu. Um elenco forte para começar a temporada.
Parcimônia
O Fortaleza foi mais restrito nas contratações. Uma atitude pensada, bem refletida. Substituir alguns jogadores mais importantes como, por exemplo, Edinho, exigiu maior poder de avaliação por parte de Rogério Ceni. Dirão, talvez, que todos devem passar pelo mesmo crivo. É verdade. Mas é certo que substituir jogadores de maior potencial é mais difícil.
Responsabilidade
O Fortaleza, na Sul-Americana, tem responsabilidade maior neste 2020. Pode alcançar de forma muito mais ampla os espaços na mídia internacional, desde que faça boa campanha. Observem que, mesmo disputando apenas jogos no Brasil, o Leão despertou o interesse de investidores como o russo Ivan Savvidis. Imaginem se fizer boa campanha no exterior.
Torcida
Um detalhe importante: muito da visibilidade maior do Fortaleza resultou da extraordinária participação de sua torcida. Além de o time ganhar tudo em campo, a ornamentação dos estádios também fez a diferença. Algo inédito: transformou o estádio numa espécie de grande teatro, com automática mudança de cenário. Incrível.
A ideia do Torneio de Lendas é muito boa. Para saudosistas como eu, remontar acontecimentos que marcaram a história do futebol mundial é dar oportunidade de muito torcedor ver ou rever astros que deixaram em suas mentes e corações indeléveis momentos, quer em seus clubes, quer nas seleções.
Os preços dos ingressos (R$ 125) para o jogo do Fortaleza, em Avellaneda, pela Sul-Americana estão caros. Os valores levam em conta o mercado internacional. Aí, amigo, isola os menos favorecidos. Para um País de salário mínimo de R$ 1.045, é inviável até para a classe média.