O Internacional de Porto Alegre foi campeão da Copa São Paulo de Futebol Junior. Na decisão, ganhou do seu maior rival, o Grêmio. Na coordenação de todas as equipes das bases do Inter está o cearense de Quixeramobim, Iarley. Sim, o ídolo Iarley que é reverenciado não apenas pelo time gaúcho, onde se sagrou campeão mundial de clubes, mas também no Boca Juniors de Buenos Aires, onde igualmente ganhou o título mundial.
Iarley foi duas vezes campeão do mundo. Jogador excepcional. Quem não lembra o lance em que, com frieza, talento e precisão, serviu a bola para Gabiru marcar o gol do título (1 x 0) mundial de 2006 diante do poderoso Barcelona? E depois, nos minutos finais, segurou a bola perto da bandeira de escanteio, até esgotar-se o tempo do jogo. Pois esse cearense jamais foi convocado para a Seleção Brasileira. Qual o motivo de nenhum treinador ter visto a bela qualidade do futebol de alta performance do Iarley? Com frequência descobrem jogadores no Shakhtar Donetsk da Ucrânia, mas o Iarley, aqui, nas barbas de todos, jamais foi lembrado para uma convocação sequer. Encerrou a carreira sem ter esse prazer. Estranho isso.
Reação
É natural a reação da torcida do Fortaleza diante do padrão apresentado pelo time neste início de temporada. Ora, a imagem que ficou nas mentes tricolores foi a de 2019, ano em que brilhou na Série A nacional e até ganhou a vaga na Copa Sul-Americana. A torcida queria e quer, pois, ver a sequência com a mesma qualidade.
Apreensão
Diante do empate com o Vitória em Salvador e a minguada vitória sobre o modesto Caucaia, logo ocorre a indagação sobre o que poderá o Fortaleza fazer, dia 13 de fevereiro, em Buenos Aires, quando enfrentará o Independiente. Calma, gente. Tudo a seu tempo. O Independiente também está em início de temporada.
Clássico
Boa oportunidade para avaliação sobre o momento do Fortaleza será o clássico de sábado, quando enfrentará o Ceará. Aí, sim, sendo já o terceiro jogo do Leão, será possível dimensionar melhor o grau de evolução da equipe. Entendo a preocupação do torcedor, mas nenhum time em começo de temporada produz futebol perfeito em suas linhas.
O gol salvador de Cariús foi importante. O primeiro gol com a camisa tricolor dá a ele a serenidade para os próximos jogos. Expectativa pelo gol, se este demora a acontecer, pode gerar no atleta um embotamento. Edson se mostra à vontade. Com ele não tem esta de peso de camisa. É goleador mesmo.
Clássico
Fortaleza versus Ceará não é jogo para sábado à noite. Clássico maior tem de ser no domingo. O jornalista Sílvio Carlos Vieira Lima, o papa do marketing, já dizia em 1960: "Domingo é dia de missa, praia e futebol". Clássico merece data especial. Sábado tem outros apelos mais adequados à noite.