Clássico-Rei, eu estarei lá

Confira a coluna desta terça-feira (28)

Agora vem clássico-rei em profusão. Fortaleza x Ceará, Ceará x Fortaleza. A recíproca é verdadeira e muito menos pelo contrário. Em três jogos será possível se ter uma ideia de quem é quem no atual momento dos dois rivais. Há consenso de que o Leão é detentor do melhor elenco do Nordeste. Mas o Ceará, em dois confrontos este ano, saiu vitorioso. Aqui não vale argumento de time mesclado, misturado, plano B... Na hora em que os dois entram em campo, lá estão os eternos rivais, com suas diferenças.

Tanto faz Copa do Brasil, Copa do Nordeste, Campeonato Cearense ou jogo de porrinha. Tricolores e alvinegros se engalfinham. Assim no futebol, no basquete, no futsal... Quem se antecipa para arriscar um resultado? Duvido. Não me arrisco. No lançamento do filme sobre a vida do Amilton Melo, uma senhora, já de cabelos brancos, aproximou-se de mim e perguntou: “Você lembra que em 1974 o Fortaleza ganhou do Ceará três vezes seguidas e sagrou-se campeão”? Lembro, claro. Eu estava lá. Outro me perguntou: “Você lembra quando o Ceará foi tetracampeão estadual em cima do Fortaleza, com participação do Amilton Melo e gol do Tiquinho”? Lembro, claro. Eu estava lá. Provocações à parte, se Deus quiser eu estarei lá... 

 

O melhor 

 

No futebol, não é difícil dizer quem é o detentor do melhor time. Isso é uma coisa. Outra coisa, bem diferente, é afirmar quem será o campeão. Aí somente os bobos arriscam. Você pode apontar um favorito. Mas apontar favorito é apenas uma indicação. O campeão nem sempre é o melhor. O futebol tem seus misteriosos caminhos. E talvez nisso esteja a sua graça. 

 

Rivais 

 

Em se tratando de Ceará e Fortaleza tudo pode acontecer. Já disse e repito: desde 1956, acompanho o clássico-rei. Vi muitas coisas inacreditáveis. Por isso mesmo, não tenho o atrevimento de dizer quem vai ganhar nem tampouco tenho também o atrevimento de antecipar o placar. Isso fica para casas de apostas que acolhem todos os palpites. 

 

Frases 

 

Macaco velho não põe a mão em cumbuca. Há alguns anos eu disse: em clássico a zebra não compra ingresso. Hoje acrescento: não compra ingresso nem tem acesso gratuito. Síntese: fica fora mesmo. Como dizia o saudoso comentarista Sérgio Pinheiro: “É a nossa melhor mercadoria”. A conferir, como dizia o jornalista Ivan Bezerra (tá no cordão!).  

 

Nomes 

 

De um lado: Lucero, Thiago Galhardo, Pochettino, Silvio Romero, Hércules, Yago Pikachu... No outro lado: Richardson, Jean Carlos, Guilherme Castilho, Eric, Luvanor, Janderson, Álvaro, Victor Gabriel... Gente passada na casca do alho, acostumada aos grandes clássicos no futebol cearense e em outras plagas. Na hora em que a bola rola, as diferenças são reduzidas.  

 

Conclusão 

 

Quis o destino que, no início deste ano de 2023, o torcedor fosse contemplado com cinco jogos entre Fortaleza e Ceará. Não lembro ter visto uma sequência tão grande do clássico-rei em tão curto espaço de tempo. Dois já aconteceram. Neste três que restam, não é possível que o torcedor termine a série sem saber que é o melhor. Amostra não faltará.