Ceará sumiu no 'Independência'

O Atlético quis e ganhou. O Ceará, que vencera o primeiro tempo por 1 a 0, aceitou: foi derrotado. Primeiro tempo equilibrado, com alternativas de parte a parte, mas o Ceará fez 1 a 0, gol de pênalti convertido por Thiago Galhardo. Vozão teve tudo para armar o bote na etapa final, quando o Atlético subiu todo. Mas o Ceará esbarrou nas suas próprias limitações de saída ao ataque. Aí o Atlético tomou conta do jogo, máxime com Otero, o melhor da partida.

O técnico Santana deu o recado. Tirou o volante Elias e fez entrar o meia Bruninho: foi para frente. O técnico Enderson tirou Lima e fez entrar Cristovam: foi para trás. Aí o Atlético, com Otero, assumiu o controle de tudo. Dele, Otero, o gol do empate. De Luan, o da virada. O Atlético engoliu o Ceará. O Vozão, mesmo com Fabinho, Ricardinho, Galhardo e Lima, sumiu na fase final.

Consequências

Somente hoje, será possível avaliar o grau de influências negativas que a goleada sofrida pelo Leão na Arena da Baixada poderá produzir. Não raro, após uma goleada assim, o time acusa o golpe. É preciso muita força mental para o grupo não desabar de vez diante das pressões.

Embotamento

Eu costumo dizer que as goleadas sempre entram para o rol das exceções. Traduzem geralmente um dia em que tudo dá certo para um lado só. Verdade que o Fortaleza já vem oscilando há bastante tempo, mas há muito não foi tão desorganizado como aconteceu em Curitiba.

Adversário

No jogo de ida, no Engenhão, o Botafogo venceu por 1 a 0, gol do volante Alex Santana, que saiu do banco para garantir a vitória. O destaque foi o goleiro do Fortaleza, Felipe Alves, que neutralizou três chances de gol de Eric: duas no primeiro tempo e uma no segundo. Hoje, Felipe Alves não jogará. Da terceira rodada para cá, muita coisa mudou. O Botafogo abriu cinco pontos de vantagem sobre o Leão, ficando numa situação bem mais confortável.

A demora de Rogério

Ceni na definição de seu retorno ao Fortaleza trouxe prejuízo ao Leão. O tricolor precisava de seu retorno imediato para ganhar tempo. A cada dia perdido, um complicador a mais porque o campeonato segue rápido, exigindo ajustes imediatos e constantes.