As pretensões dos times cearenses na reta final

Leia a coluna de Tom Barros

O Campeonato Brasileiro vai chegando ao fim nas duas importantes Séries. Já há um campeão: o Vitória. Ganhou com mérito e por antecipação a Série B. E já garantiu sua vaga na elite em 2024. A Série A embolou. O Botafogo perdeu o pique, a liderança e a confiança. Entretanto, ainda depende só de si para conquistar o título de campeão da Série A, pois tem um jogo a menos que o líder, Palmeiras. A briga está boa. Grêmio e Bragantino também têm chances de conquistar o título. E, embora um pouco mais distante, Atlético-MG e Flamengo estão vivos. Sim, e o Fortaleza? O Leão, caso reencontre o caminho das vitórias, tem boas possibilidades de se garantir mais uma vez na Copa Sul-Americana. Ganhar do Cruzeiro, no jogo de hoje, passou a ser fundamental, não apenas quanto à pontuação, mas principalmente quanto ao estado psicológico da equipe. Um novo tropeço deixará no chão a autoconfiança tricolor. No tocante ao Ceará, o foco é 2024. As recentes vitórias sobre o Sport e sobre o Mirassol animaram o grupo. Se ganhar do Vila Nova, hoje, em Goiânia, fortalecerá a autoestima. Ótimo. Mas necessitará de uma política de contratações mais eficiente para almejar subir no próximo ano.  

Futebol  

A chegada do ex-jogador Ricardinho para atuar no departamento de futebol do Ceará é uma esperança a mais. Ricardinho conhece bem os caminhos do sucesso em campo. Foi um atleta de muito talento. Conhece demais o ofício. Fala muito bem. É articulado. A expectativa é excelente com relação à contribuição que ele dará ao Ceará.    

Canarinho 

Tenho torcido para que o técnico Fernando Diniz dê certo no comando da Seleção Brasileira. Mas os recentes resultados são preocupantes. Derrota para o Uruguai, empate com a Venezuela e derrota para a Colômbia acenderam o alerta. Diniz não tem conseguido, exceto em raros momentos, dar à Seleção Brasileira um padrão confiável. Está tudo muito complicado. 

Interino 

A continuar assim, tenho a impressão de que Fernando Diniz não terá vida longa no comando da Seleção Brasileira. Mesmo com a desculpa de falta de tempo para treinar, Fernando tem sido infeliz não apenas nos resultados, mas também nas mexidas que faz. Se um técnico titular vive a depender dos resultados, o que se dirá de um interino... 

Artigo 

Um dos belos textos, que vi nas comemorações dos 50 anos do Castelão, foi escrito pelo advogado Tiago Albano Ferreira de Matos Filho. Na abertura do artigo, ele diz: “Hoje Arena, eu o preferia antes da modernidade, um autêntico estádio-raiz, com direito a assentos de cimento, roletes de cana e sanduíches “cai duro”. Belas lembranças, caro Tiago. 

Lembranças 

Também tenho lembranças do sanduíche “cai duro”, não do Castelão, mas do velho PV. O famoso sanduíche do “Marechal Dutra”. Ele chegava ao PV, conduzindo um enorme cesto de pão. Ele jogava o sanduíche, embrulhado num papel, até o interessado no alto da arquibancada. Aí o comprador enviava o dinheiro pelos próprios torcedores, que passavam a grana de um para o outro.