Os campeonatos de longa duração levam os times à exaustão. Assim, as oscilações são comuns. Dificilmente uma equipe consegue manter o ritmo forte e intenso do começo ao fim. Agora mesmo, está aí o Palmeiras há cinco jogos sem vencer pela Série A e eliminado da Copa do Brasil pelo São Paulo. E observem que o Verdão tem um elenco grande e qualificado, capaz de praticar a rotatividade se deixar cair o padrão. Mas caiu. E caiu com grande prejuízo aos cofres, haja vista o que deixou de ganhar de cotas na Copa do Brasil.
Impressiona-me até aqui o time do Botafogo. Vem mantendo a alta performance, sem interrupções. Abriu 12 pontos de vantagem sobre o Flamengo, vice-líder. Suportará, sem quedas, o restante do certame? Se mantiver a qualidade, será uma surpresa. Lembram das oscilações que o Fortaleza experimentou em jornadas passadas? Mas o Leão tem o mérito de superar os momentos mais difíceis. No ano passado, por exemplo, saiu da lanterna para obter uma vaga na Copa Libertadores da América. Foi fantástico. As quedas pontuais também acontecem. Estas afetam, mas não chegam a comprometer os objetivos do clube. São nuvens passageiras.
Lição
De certo modo, há declínios que, por mais paradoxal que pareça, vêm para o bem. No caso do Palmeiras, fica a lição para o arrogante treinador Abel Ferreira. Ele estava se achando acima do bem e do mal. Talvez tenha sido por isso mesmo que seu nome não foi acolhido pela CBF para ser o treinador da Seleção Brasileira.
Treinador
A propósito de Seleção Brasileira, custa crer que a CBF continue insistindo na vinda do treinador italiano Carlo Michelangelo Ancelotti. O cara tem esnobado. E o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, ainda não se tocou. A Seleção Brasileira, com seus cinco títulos mundiais, não pode ficar de joelhos diante de quem quer que seja.
Sobral
É lamentável a crise pela qual vem passando o Guarany de Sobral. O time tem história. Em 2010, foi campeão brasileiro da Série D. Em 2013, foi vice-campeão cearense. Teve seus melhores momentos, quando presidido por Luiz Melo Torquato. Sobral, como um dos mais importantes polos de desenvolvimento do Ceará, não pode ficar sem um time na primeira divisão cearense.
Futebol paraense
Faltando seis rodadas para terminar a fase de grupos da Série C nacional, o Floresta é o 15º, a um ponto da zona de rebaixamento. Corre sério perigo. Pior é a situação do Clube do Remo, um dos mais tradicionais do Pará e do Norte do Brasil. O Remo está na zona de rebaixamento. O Paysandu, no momento, está fora da faixa de classificação, mas sem risco de rebaixamento.
Caminho
O Ferroviário, já classificado para a segunda fase da Série D, terá ainda um longo caminho a seguir. Agora vai para a fase eliminatória (mata-mata), em jogos de ida e volta. Se passar da segunda fase, vai para as oitavas, quartas, semifinais e final. Serão dez jogos. Mas, para subir para a Série C, basta chegar à fase semifinal. Aí os quatro semifinalistas sobem para a Série C de 2024.