Longe o tempo em que uma equipe, então rebaixada para a Série B, já no ano seguinte estava de volta à elite nacional. Nos últimos anos, há uma nítida mudança nos procedimentos. Até os chamados times grandes não conseguem mais o retorno imediato. Exemplos recentes: o Cruzeiro foi rebaixado em 2019. Só conseguiu voltar para a Série A em 2023. Passou três anos na segunda divisão. O Vasco, que já experimentou vários rebaixamentos, também sofreu para voltar à Série A agora em 2023. O Vasco foi rebaixado para a Série B em 2020. Passou dois anos na segunda divisão. Só voltou agora em 2023. E tem um detalhe: está correndo risco de novamente ser rebaixado.
O Sport foi rebaixado em 2021. Passou o ano de 2022 na Série B. Não conseguiu subir. Está na Série B agora em 2023, mas é um dos candidatos à ascensão. De qualquer forma, após dois anos na segunda divisão. Assim, não me causa espanto a situação do Ceará na Série B. O Vozão caiu no ano passado. Não se mostra capaz de empreender reação, visando a alcançar o G-4. Com as três derrotas consecutivas, está cada vez mais distante. Pelo visto, a postura agora deve ser o planejamento para 2024. E tudo virá por acréscimo.
Conhecimento
O ex-jogador Ricardinho, que brilhou intensamente no Vozão, está sendo cotado para assumir importante papel no setor de futebol do Ceará. Ricardinho, além de jogador qualificado, sempre revelou profunda consciência profissional. É centrado em tudo o que faz. Poderá, sim, dar boa contribuição ao processo de recuperação do Ceará.
Dificuldades
Quando uma equipe é rebaixada, é natural que sofra uma série de consequências negativas. A primeira delas é na receita. As cotas passam a ser menores. Os valores de patrocínio também caem. O poder aquisitivo desaba significativamente. Assim, não dá para contratar jogadores mais qualificados.
Empresários
Outro detalhe importante: os bons jogadores não querem atuar em times da Série B, caso tenham oportunidade na vitrine da Série A. Somente admitem atuar em times da segunda divisão se não encontrarem espaço na elite nacional. Os empresários optam sempre pelas equipes da Série A. E assim fica difícil a contratação de jogadores de maior expressão.
Exemplo atual
Vários jogadores, que atuaram no Ceará no ano passado, estão em times da Série A. Agora mesmo no Fortaleza estão brilhando o goleiro João Ricardo e o lateral-esquerdo Bruno Pacheco. Enfim, quem tem competência logo encontra abrigo nos times da primeira divisão. Esse é um problema que todo time rebaixado enfrenta.
Solução
Uma das saídas para os times rebaixados é o aproveitamento de jogadores jovens, vindos das categorias de base. Pode ser uma solução. Mas isso dependerá muito. O Vasco da Gama soube usar esse expediente no ano passado, mas agora, já na elite, tem encontrado sérias dificuldades. Está novamente sob ameaça de novo rebaixamento.