A reação e a bela resposta tricolor

Leia a coluna desta segunda-feira

O Fortaleza se deu muito bem diante dos times mineiros. Faturou seis pontos consecutivos. Fez calar o Cruzeiro no Mineirão. Fez calar o Atlético-MG no Castelão. A vitória sobre o Cruzeiro já foi analisada. A vitória sobre o Atlético ainda está fresquinha como água tirada da cacimba: limpa, doce, saborosa, todo mundo quer beber, como no cantar do Nando Cordel. Quem bebeu foi o Leão. O Atlético quis cantar de galo, mas não passou do primeiro tempo. Na fase final, o Fortaleza se estabeleceu pela objetividade e construção vertical, com dois gols em 16 minutos. Pochettino e Tinga assinalaram s gols. Aliás, os dois tiveram ótima participação no triunfo tricolor.

Tinga pode até oscilar, mas, no somatório geral, é de extrema importância a presença dele, ora no combate, ora na construção, ora assinalando gols. O Pochettino, igualmente, tem tido presença muito forte na definição dos rumos da partida. Quero acreditar que o técnico Juan Pablo Vojvoda conseguiu reencontrar o modelo ideal, após alguns insucessos que incomodaram e lançaram dúvidas sobre o momento tricolor. Amanhã já tem Fortaleza na Sul-Americana. O Leão, antecipadamente classificado em primeiro lugar, vai apenas cumprir tabela. Ainda bem. 

Oscilação 

O que faz um time, que tem elevada qualidade técnica como o do Fortaleza, oscilar bastante? No meu modo de ver, a carga pesada de um calendário sufocante. Tanto é verdade que, quando se concentra numa competição só, o Leão passa a obter resultados mais satisfatórios como, por exemplo, os dois recentes diante dos representantes de Minas Gerais. 

Dúvida 

Diante dos recentes resultados do Ceará, há sempre uma dúvida sobre o que o Vozão irá produzir a cada jogo. Assim, em vista de tantos resultados bons obtidos fora de casa, imaginei mais três pontos para o Vozão, ontem, em São Luís. Ledo engano. Deu empate e nenhuma visão de que o time deixará logo as incertezas que o acompanham. 

Importante 

Há que se destacar a atuação do goleiro Bruno Ferreira. Não apenas pelo mérito de ter defendido o pênalti, justo quando a situação ia se complicando para o alvinegro cearense, mas pela sua atuação como um todo. Com defesas oportunas, neutralizou as investidas do Sampaio Corrêa. Foi fundamental para garantir o ponto conquistado. 

Não pode 

É verdade que Sampaio e Ceará criaram boas situações de gol. E também, quase na mesma proporção, as desperdiçaram. Mas há aquela chance que é diferente porque definidora. É a chance que não permitirá reação. Foi assim com o gol perdido por David Ricardo. Último lance. Última bola. A do gol. A da vitória. Não pode perder. David perdeu. Incrível.  

Mais 

O Ceará não pode depender apenas de Erick para fazer a diferença. Quando um time tem apenas uma referência, a marcação do adversário fica facilitada. É preciso que haja uma evolução na linha de frente, visando a investidas diversificadas. Fica tudo bem mais difícil quando a esperança se concentrada sempre no mesmo atleta. De qualquer maneira, com 20 pontos, está na briga. É pensar positivo.