A matemática do torcedor tem a sorte no meio

Confira a Coluna desta quarta-feira (6)

Há muito começaram as contagens sobre as possibilidades de cada clube, quanto ao acesso e ao descenso. Quem sobe? Quem desce? Quem vai ficar no limbo? Aqui não valem apenas as probabilidades levantadas pelo número de jogos ou pelo número de pontos. Ninguém fica restrito aos dados divulgados pelos matemáticos. Há uma diferença muito grande entre o trabalho científico de um matemático notável como Oswald de Souza e os cálculos produzidos pelos batimentos do coração dos apaixonados torcedores.

O primeiro se baseia na frieza dos números; o segundo se baseia no imponderável do futebol. Não raro, a lógica cede lugar à zebra. Há reviravoltas que contrariam a natureza das coisas. Não pode a imprevisibilidade do futebol ficar sujeita aos rigores das ciências exatas. O futebol é exatamente o contrário: às vezes, o menor se agiganta; às vezes o maior se apequena. Para o Ceará chegar ao G-4 faltam seis pontos. É a contagem matemática. Fria. Precisa de sete pontos para ultrapassar o Criciúma. Mas, na interpretação do torcedor, não é assim que funciona. No coração de quem torce, existe a sorte. E a sorte vale mais que três pontos por jogo, principalmente quando resolve ficar de um lado só.   

 

Cálculo 

 

Ontem, um jornalista amigo meu simplificou. Ele entende que dá para o Ceará chegar lá em cima. Simplificou a situação. Faltam seis pontos. Se ganhar dois jogos, já iguala. Se ganhar três, já ultrapassa. Não quis nem se referir aos resultados dos concorrentes. O foco é nos resultados do Ceará. E o resto, segundo ele, vem por acréscimo. 

 

Vitória 

 

Por falar em necessidade de encaixar quatro vitórias seguidas, o jogo de hoje, diante do Londrina, é do tipo em que se tem como certa a vitória. O Londrina é sério candidato ao rebaixamento. Está em 19º lugar, vice-lanterna. Na atual situação alvinegra, empate e derrota assemelham-se. O Vozão terá mesmo de somar três pontos. Nesse caso, a matemática e a sorte terão de andar juntas. 

 

Estádio 

 

O PV é ótimo para o Ceará nas atuais condições. A torcida pode fazer um tipo de pressão que, no Castelão, seria inviável. Além disso, o gramado do Estádio Presidente Vargas também está em melhores condições que o gramado do Castelão. São fatores que poderão ajudar o Ceará nesta proposta de retomada. 

 

O melhor 

 

Agora será fácil saber quem é o melhor, se o Fortaleza ou o Corinthians. No dia 14 de setembro, quinta-feira da próxima semana, os dois se enfrentarão no Castelão, às 19 horas, pela 23ª rodada da Série A. No dia 26 de setembro, às 21:30, no Itaquerão, novo encontro, desta feita pela Copa Sul-Americana, jogo de ida. No dia 03 de outubro, às 21:30, no Castelão, jogo de volta. 

 

Tiro rápido 

 

A Série D, nas semifinais, define tudo em três dias. Quando não é oito é oitenta. Amanhã, dia 07 de setembro, Dia da Pátria, o Caxias recebe o Ferroviário no Estádio Centenário em Caxias do Sul. No domingo, dia 10, o Ferroviário recebe o Caxias no PV. Na fase de grupos, o Caxias foi o segundo do Grupo 8, com 23 pontos. O Ferroviário foi o primeiro do Grupo 2, com 36 pontos. Que diferença!