Nas arquibancadas, nos tempos dos estádios com torcedores, o que muito se ouvia era árbitro “fdp” ou ladrão. Dacildo Mourão, que foi o único árbitro Fifa cearense, dizia ter duas mães: uma ficava incólume em casa; a outra era esquartejada nos campos de futebol. Não vou para apelações. Prefiro entender como incompetência os erros mais recentes. Às vezes, incompetência decorrente do medo. Árbitro frouxo ou caseiro devia buscar outra profissão. O juiz de futebol não está ali para agradar ou desagradar. Está para ser isento e marcar as irregularidades. E agora tem ou auxílio ou malefício do VAR, que às vezes ajuda, mas às vezes confirma os erros. O que o árbitro Wagner Reway fez com Samuel Xavier, quando do jogo com o Santos, foi um absurdo. Xavier agredido, vítima, terminou expulso injustamente. E o VAR engoliu. No jogo Grêmio 1 x 1 Fortaleza, o árbitro Igor Benevenuto viu um pênalti típico de árbitro caseiro, que pede um meio aos céus para ajudar o time da casa. Aí marcou um pênalti na onda da encenação de Everton, do Grêmio. E o VAR foi conivente. Incrível: isso só acontece contra os times cearenses. A favor, nada. Aliás, ninguém quer ajuda. Quer apenas que não atrapalhem.
Ficou feio
No transcorrer do jogo Ceará 2 x 0 Flamengo, o zagueiro Luís Otávio, de forma involuntária, atingiu com a bola o companheiro Fernando Sobral. Este não gostou, gesticulou e bradou num tom de reprovação. Luís rebateu em alta voz e também com gestos inconvenientes. Mesmo com as desculpas apresentadas, pegou mal. Que coisa feia!
Sem gols
Já há quem esteja preocupado com o jejum do Clebão. Não vejo motivo para isso. Se ele estivesse perdendo grandes oportunidades, tudo bem. Mas a bola não está chegando para ele no ponto de conclusão. Só é possível cobrar do atleta se houver em profusão chances claras perdidas. Mas não é o caso. Clebão tem combatido, tem marcado, tem lutado. Os gols voltarão na hora certa.
Fase
Que goleiro bom o Felipe Alves. As defesas que ele fez em Porto Alegre garantiram o empate do Leão. E tem a virtude de saber sair jogando com os pés, embora vez por outra mate de susto a torcida tricolor. Mas ele tem crédito. Um “goleiro-linha” como poucos no Brasil. Não se surpreendam se ganhar uma convocação para a Canarinho.
Que falta faz “um Ayrton Senna” nas manhãs de domingo. A Fórmula 1 está aí, mas para os brasileiros perdeu a graça. Depois de Senna, nunca mais surgiu um piloto brasileiro de ponta mesmo, campeão, na mais importante categoria do automobilismo mundial.
A bela história de campeões, iniciada por Emerson Fittipaldi em 1972, teve depois Piquet e Senna (ambos tri da Fórmula 1). Mas só Emerson foi bicampeão na Fórmula 1, campeão da Fórmula Indy e duas vezes vencedor das 500 Milhas de Indianápolis.