Chegou o Grêmio, já sem o cearense Everton Cebolinha. Mas veio com Pepê, jovem de 23 anos que substituiu Cebolinha na vitória sobre o Fluminense. Pepê jogou bem. Cuidado com ele. O Ceará busca a reabilitação. Há duas imagens: a do Ceará campeão invicto do Nordeste e a do Ceará da derrota para o Sport. A primeira de otimismo. A segunda de apreensão. Ora, para uma reabilitação, nada melhor que o Grêmio de Pedro Geromel, Thiago Neves e Diego Souza. O Grêmio treinado por Renato Gaúcho, o mesmo que, num tom profético, vaticinou que o Ceará não seria rebaixado, quando o enfrentou na era Lisca Doido. E o Ceará não caiu. Fica difícil opinar sobre o Grêmio atual, pois não o vi jogar. Mas a tradição mostra a força dessa vitoriosa equipe. O Grêmio está na final do Campeonato Gaúcho. Decidirá com o Caxias, em dois jogos, o título de 2020. Diego Souza é o artilheiro com oito gols. Creio que o Ceará não repetirá a produção negativa do jogo na Ilha do Retiro. Guto prometeu mudanças. Nem precisa tanto. Se for recomposta a transição na medida em que o Vina vinha fazendo, certamente voltará o equilíbrio no setor de meio-campo. Aí já será meio caminho para a retomada.
Semelhantes objetivos
A reabilitação do Fortaleza tem pelo caminho um São Paulo complicado, cheio de problemas internos. As divergências, após a eliminação imposta pelo Mirassol, ficaram mais tensas. O técnico Fernando Diniz recebeu o apoio dos jogadores, máxime de Alexandre Pato e de Daniel Alves. O São Paulo também busca a reabilitação.
Adiamento
Melhor para o Fortaleza se tivesse acontecido o jogo Goiás x São Paulo, domingo passado, em Goiânia. Na ocasião, havia uma forte pressão sobre o time do São Paulo. Como o jogo foi adiado, a pressão ficou mais ainda represada e vai toda para cima do Fortaleza amanhã. Ainda bem não tem torcida no estádio.
Intensidade
Eu compreendo como perfeitamente normal o recuo de produção do Fortaleza. Não vi nenhum time, após a paralisação forçada de quatro meses, voltar no embalo de antes. No Fortaleza é mais visível porque o time trabalhava em alta voltagem o tempo todo. Quando teve de reduzir, a torcida sentiu o impacto.
O Remo, próximo adversário do Ferroviário pelo Grupo A da Série C do Campeonato Brasileiro, tem desgaste programado para amanhã no Estádio Mangueirão, em Belém do Pará. Enfrenta o time do Castanhal no primeiro jogo da semifinal do Campeonato Paraense.
A defesa do Remo tomou quatro gols em três jogos. Vem sendo muito criticada por isso. Mas, em compensação, o ataque assinalou oito gols, confirmando a ótima produção ofensiva. Ferroviário fica de camarote, vendo o desgaste do adversário. Ótimo.