A ganância por dinheiro no mundo do futebol

Leia coluna de Tom Barros

O Fortaleza jogou ontem à noite em Belo Horizonte, jogo de ida diante do América, válido pela Copa Sul-Americana. Logo depois do jogo, em voo fretado, o Leão retornou. Além do desgaste pelo esforço durante o jogo, soma-se o cansaço de uma noite mal dormida. Há atletas que não se acostumam com as viagens aéreas. Isso também é desgaste. Já no domingo, 27, o Leão enfrentará o Coritiba pela 21ª rodada da Série A.

É impressionante o massacre decorrente de um calendário que exaure, que debilita os atletas. Por isso mesmo, na reta final das temporadas, acontecem as contusões em maior número. Homem não é máquina: é músculo. Não é aço: é coração. Não é computador: é mente. A exploração que está havendo no futebol é criminosa. Sei que os gestores, em seus ambientes climatizados, não pensam assim. Não estão nem aí para as minhas observações. Se estivessem, não admitiriam o calendário que está posto com tantas competições paralelas. O mundo dos negócios do futebol não está preocupado com a saúde dos atletas. Está preocupado com o aumento de receita. Não por outro motivo estão ampliando para 48 o número de países na próxima Copa do Mundo.   

Fase 

O Ferroviário está mesmo num momento excepcional. Se souber aproveitar, tirará disso o melhor proveito. Na Copa Fares Lopes, apesar de ter de decidir o título no Estádio Morenão em Iguatu, levará a vantagem do empate para chegar ao tricampeonato da competição. A margem é boa, mas cuidado com o traiçoeiro “já ganhou”. 

Advertência 

Cabe aqui uma outra advertência aos corais. Na Série D, no momento, a vantagem do Ferroviário será apenas o direito de decidir em casa, no PV. Mas a vantagem poderá ser ampliada com uma vitória sobre o Maranhão, domingo, dia 27, no Castelão de São Luís. Aí, sim, as chances corais serão bem maiores. 

Sequência 

No G-4 da Série B estão Vitória (47), Sport (45), Criciúma (44) e (43). São, no momento, os privilegiados. De olho imediato na quarta vaga estão Novorizontino (42), Vila Nova (42) e Guarani (40). As possibilidades são plausíveis para cada um porque estão como satélites, circulando bem próximos dos quatro privilegiados.  

Distante 

O Ceará está mais distante, com 34 pontos. Portanto, o Vozão terá que tirar uma diferença significativa. Alguns clubes estão com um jogo a mais que o Ceará. Isso é bom para o Vozão Exemplo: o Mirassol (9º, com 36 pontos) está na frente do Ceará, mas tem um jogo a mais. Portanto, basta uma vitória do Ceará sobre o Tombense para acontecer a ultrapassagem alvinegra. 

Jogos a mais 

Outro ponto que interessa ao Ceará é o número de jogos do Criciúma e do Juventude, que estão no G-4. Ambos jogaram 25 vezes. O Ceará jogou apenas 24. Se acontecer uma vitória do Ceará sobre o Tombense, o Vozão já diminui três pontos de diferença com relação aos dois. É um quebra-cabeça até o Ceará chegar numa faixa que o permita alcançar o G-4.