A esperança e o otimismo dos times cearenses

Leia a coluna de Tom Barros

A frase é repetida. Desde menino, ouvia meus pais dizerem que a esperança é a última que morre. Colocação trivial. A esperança é um sentimento abstrato. Dirão, talvez, que, quando algo não se concretiza, a esperança finda junto com a não realização. Tudo bem. Prefiro a colocação feita pelo genial Charles Chaplin. 

Na música Luzes da Ribalta, ele diz: “O ideal, que sempre nos acalentou, renascerá em outros corações”. Assim me parece a esperança, ou seja, sempre renascerá em outros corações, quando terminada no coração de alguém. O otimismo tomou conta das minhas manifestações hoje. Vejo que o Fortaleza tem condições, sim, de alcançar seu desiderato, ou seja, ganhar vaga direto na Copa Libertadores da América. 

Tomo por base seus jogos diante do Palmeiras e do Flamengo. Foi derrotado em ambos, mas, pela produção, poderia ter saído com melhor resultado nas duas partidas. Não há grande distância, quanto ao desempenho. Aliás, de surpresa mesmo até aqui somente o Botafogo. Os demais têm no currículo tropeços e apresentações limitadas. Oscilações pelas quais todos os clubes têm passado, exceto o time da Estrela Solitária. A esperança não morre. Continua.  

Vozão 

O Ceará não está ainda nas condições ideais, apesar dos avanços que o time tem conseguido com o técnico Guto Ferreira. Mas a minha esperança de vê-lo integrante do G-4 continua. Motivo simples: qual é o time que tem apresentado algo de especial na Série B do Campeonato Brasileiro? O Sport tem boa formação. Está bem. Mas não tem nada de extraordinário. O mesmo se pode dizer dos demais componentes do G-4.  

Vitória 

Não faz muito, o Vila Nova de Goiás veio aqui como líder da competição. O Ceará ganhou (1 x 0), gol do zagueiro Luiz Otávio. O Vila, em vista o padrão da Série B, tem um bom time, assim como o Sport também tem. Entretanto, nada tão superior para uma formação que, por algumas rodadas, chegou a liderar a competição. 

Returno 

Agora começa tudo de novo. Claro que há uma diferença porque não recomeça do zero. Então, o Vitória inicia a sua jornada já com três pontos a mais que o primeiro time fora do G-4, o Criciúma. Tem, portanto, uma margem para trabalhar. O Novorizontino tem dois pontos a mais que o Criciúma. O Vila Nova e o Sport têm um ponto a mais que o Criciúma. 

Vantagem 

É claro que as equipes do G-4 carregam para o returno uma vantagem importante. Mas não significa garantia ou certeza. Serão 20 rodadas. E tem mais: no segundo semestre, pelo próprio desgaste, muitas equipes perdem o ritmo ou o fôlego. É comum. As contusões aparecem mais. Vale muito ter um elenco com boas alternativas.  

Conclusão 

O Vozão precisa tirar sete pontos de diferença. Tarefa difícil, mas possível. A aposta está na utilização dos novos contratados. Não quero crer que tenha sido em vão a vinda de Bissoli, Orejuela, Sidnei e Paulo Victor. Além disso, a diretoria trabalha outros nomes. Tudo vai depender do índice de acerto nas novas contratações. A esperança continua, pois.