É tanta Copa que, às vezes, confunde. Jogo aqui, jogo acolá. Atenções até sábado concentradas nas semifinais da Copa do Nordeste. Quando, às 20:30, o Fortaleza entrar em campo para enfrentar o Bahia, já saberá com quem jogará a final caso elimine o time baiano. É que o Ceará define seu rumo mais cedo, às 16 horas. Quatro equipes de tradição na Copa do Nordeste. O Vitória é o maior vencedor (1997, 1999, 2003 e 2010). Em seguida, Sport (1994, 2000 e 2014), Bahia (2001,2002 e 2017), Ceará (2015 e 2020) e Fortaleza (2019). Mas uma coisa é a tradição. Outra coisa é a condição do clube no momento. Observem um dado interessante: o Fortaleza foi o time de melhor campanha dentre os 16 participantes. Terminou líder. Pois a torcida não gostou do trabalho do Enderson Moreira. O Ceará foi o segundo time de melhor campanha. A torcida andou chiando, mas entendeu o técnico Guto. Essas peculiaridades não vão a campo. Ficam na mídia e no ranço dos torcedores mais exigentes. Quando a bola rolar, cada um terá de contar uma nova história. Desde o ano passado, quem tem levado grande vantagem sobre os baianos é o Ceará. Mas o próximo capítulo nada tem a ver com o que passou. É presente.
Referência
O atacante do Bahia, Gilberto, é o artilheiro da Copa do Nordeste com sete gols. É um jogador extremamente perigoso. No jogo em que o Fortaleza ganhou do Bahia (2 x 1) no dia 3 de abril passado, foi dele o gol do visitante. No primeiro tempo, o Bahia pouco chegou ao ataque. Entretanto, na vez em que foi, Gilberto conferiu. Olho vivo.
Atenção
A propósito do gol de Gilberto, genial foi o passe de Rodriguinho. Ele encontrou, entre tantos defensores do Fortaleza, o único e estreito espaço por onde poderia mandar a bola ao companheiro. E o fez com tanta classe que mais chamou a atenção a beleza do serviço que a qualidade do gol. Gilberto e Rodriguinho são jogadores de qualidade.
Calma, gente!
Vi muitas críticas ao Yago Pikachu pelo rendimento na partida em que o Fortaleza ganhou do CSA (2 x 1). Concordo que Pikachu não foi bem. Além do pênalti cometido em Victor Costa, sua participação esteve abaixo do esperado. Mas é preciso entender que ele ainda está num processo de adaptação. Chegou há pouco tempo. Teve uma boa estreia. Tempo ao tempo. Calma, gente!
Homenagem
É muito escassa a literatura esportiva sobre times e jogadores aqui da terrinha. Agora, para minha alegria, recebi um exemplar do livro “Messejana Esporte Clube – Uma Paixão Azul e Branca”, de autoria do escritor e poeta Edmar Freitas. Muito bom. Um relato perfeito, máxime quando, na década de 1960, o time disputou a elite do futebol cearense. Lá estavam jogadores importantes como Wilkson Saraiva e Mimi. Farto material fotográfico.