A disputa dos times médios na Série A

Legenda: A Série A do Brasileiro conta com o maior número de times médios e intermediários com as quedas de Vasco, Cruzeiro e Grêmio
Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Há alguns anos, havia um consenso de que as 12 primeiras vagas do Campeonato Brasileiro eram cativas dos gigantes do futebol nacional. Assim, pela história e tradição, os ungidos seriam Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Santos, Atlético-MG, Cruzeiro, Internacional e Grêmio. Aos times médios e emergentes, caberia a luta pelas quatro vagas restantes. São 16 vagas, no total. As últimas quatro vagas são destinadas aos miseráveis excluídos do baile.

Muita coisa mudou. Dos chamados grandes, desabaram para a segundona Vasco, Cruzeiro e Grêmio. Isso fez aumentar a presença de times médios na Série A. Os considerados times médios são Fortaleza, Ceará, América-MG, Bragantino, Coritiba, Avaí, Cuiabá, Athletico-PR, Goiás, Juventude e Atlético-GO. Portanto, quem quiser se dar bem, um dos itens é não perder para times do confronto direto. O Ceará perdeu para Bragantino e Athletico-PR. O Fortaleza perdeu para o Cuiabá. O outro item importante é, embora no rol das exceções, ganhar dos grandes lá fora. O Ceará fez isso com o Palmeiras. Atualmente são apenas nove grandes na Série A. Há, portanto, sete vagas para os times médios. 

 

Desempenho 

 

Há que se observar também um detalhe importante: o desempenho dos grandes. Se algum grande vacilar e for rebaixado, mais uma vaga ficará para ser disputada pelos times médios. Há muito tempo não havia, como agora, situação tão favorável aos times médios. E observem que o Botafogo, no ano passado, estava na Série B. 

 

Jogar bem 

 

O caso do Fortaleza é incrível. O time não está jogando mal. Pelo contrário, tem feito boas apresentações. Falta-lhe, porém, o que é essencial para um time vencedor: a letalidade nas conclusões. Se o Leão tivesse precisão cirúrgica nas finalizações, certamente estaria repetindo a campanha arrasadora do começo da Série A do ano passado. Apenas jogar bem não é tudo. 

 

Competições demais 

 

Perguntas que merecem reflexão: o excesso de competições não estaria atrapalhando? Vale a pena correr risco na Série A nacional, quando se vai para competições internacionais que sobrecarregam a equipe? São importantes a Libertadores e a Sul-Americana, desde que a sobrecarga não ponha em risco a estabilidade dos nossos times na Série A. O custo/benefício tem de ser dimensionado. 

 

Jogos Fenacef 

 

De 12 a 17 de maio, acontecem no CFO (Centro de Formação Olímpica) os XI Jogos Fenacef, que congregam aposentados, cônjuges e pensionistas da Caixa Econômica Federal de todo o país. São 22 delegações (2000 participantes). Em disputa futebol soçaite, futsal, vôlei, tênis, truco, dominó, canastra, xadrez, sinuca, dama, corridas de rua. O presidente da ACEA, Tadeu Fontenele, convida o público.