Duas em cada dez mulheres sentem dores na relação sexual, ou seja, 20% do público feminino. O vaginismos é uma disfunção sexual e pode influenciar na saúde física e mental resultando em dificuldades pessoais e interpessoais e até conjugais, levando a diminuição da qualidade de vida.
Infelizmente, esse é um sofrimento silencioso e assumir que a relação sexual é dolorosa para as mulheres.
O caminho para essa libertação é buscar compreensão sobre esse assunto e tratar!
Segundo a fisioterapeuta Gisele Soares: “a dor na relação pode ter muitas causas, mas uma causa bastante comum é a contração dos músculos vaginais, “fechando” ou tornando muito dolorosa a penetração, o exame ginecológico ou mesmo o uso de absorvente interno.”
A dor pode existir desde a primeira vez ou, pode surgir depois de uma vida sexual ativa e saudável.
A sensação que as mulheres têm é como se houvesse uma “parede” vedando a entrada da vagina, porém quando há uma investigação, não há nenhuma alteração nos exames.
Tudo isso é causado pela tensão do assoalho pélvico.
Então, quanto mais tensa fica a mulher, menos ela lubrifica, mais a vagina se fecha e mais doloroso se torna o sexo. Além disso, experiências repetidas de dor levam a um medo antecipatório do sintoma, o que causa mais tensão e ainda mais dor.
Mito!
“Isso é besteira! Nada que uma bebidinha não resolva!”
Dizer que é bobagem não rola! A mulher deve ser acolhida e ter paciência é o caminho para a conquista do caminho do paraíso: prazer.
Quanto a bebidinha: de fato, a dor na relação tem muito a ver com o psicológico e com o medo da dor, mas não é a embriaguez que soluciona esse problema. Gente, isso não resolve para sempre!
Há quem indique como solução o uso de anestésicos locais, como a lidocaína. Ao inibir a dor, esse tipo de medicamento, também, reduz a sensibilidade e pode até deixar a parceria adormecida. Não rola e nem soluciona, né?
A verdade: rumo ao tratamento!
É muito raro que o vaginismo precise de cirurgia, mas pode acontecer.
O tratamento ideal para essa disfunção ser resolvida é a terapia e a fisioterapia pélvica, afirma a Dra. Gisele.
A terapia cuida da dimensão dos pensamentos, sentimentos, memórias que essa mulher e sua parceria trazem.
A fisioterapia pélvica conduz um processo de percepção corporal, relaxamento muscular e promoção da funcionalidade.
A combinação desses tratamentos é sinônimo de saúde sexual, afinal o psicológico gera uma resposta física e uma situação orgânica difícil pode levar a dores psíquicas.
Em quanto tempo fica tudo resolvido?
Isso depende de cada mulher e da evolução do tratamento conjunto: terapia e fisioterapia pélvica!
Para ganhar tempo mesmo, é procurar um profissional capacitado para avaliação da situação e enfrentar!
Procure a sua saúde mental e do seu corpo como um todo.
Tenha prazer e seja feliz, logo!