Teria o esporte que parar diante do pior momento da pandemia no Brasil?

Recordes diários de casos, óbitos, sistema de saúde colapsado, novas variantes... Esses são alguns destaques negativos do atual estágio de proliferação do coronavírus no País

Não há perspectiva de sairmos dessa, por enquanto. O que vemos é a situação da pandemia do coronavírus no Brasil se agravar dia a dia. E a luz no fim do túnel ainda não ser visível daqui. O País está parando em diversos setores, mas um que ainda vem buscando alternativas para se sustentar diante ao caos é o esporte. 

Algumas competições já pararam, campeonatos estaduais de futebol, principalmente. Outros, como Superliga e NBB, estão encontrando maneiras de não ter mais uma temporada encerrada sem campeão, como no ano passado. 

O problema não está em se manter competições esportivas em meio a uma pandemia, mas na forma em que as disputas são organizadas. Viagens e sedes diversas, por exemplo, são pontos a serem evitados. Já que não é possível a presença de torcedores, não faz tanta diferença se a disputa é realizada na cidade “a” ou “b”. Mais do que nunca é preciso pensar no formato de “bolha” como alternativa.  

Essa foi a saída encontrada para se manter os campeonatos de vôlei e basquete em andamento. A Superliga, que se diga, foi para o Centro de Desenvolvimento do Vôlei quando esteve sem saída. Durante as quartas de final, mudanças tiveram que ser feitas por conta do endurecimento de medidas restritivas em algumas das cidades que receberiam os jogos.  

Com isso, a alternativa mais viável para as semifinais e finais foi a sede única, em Saquarema, no Rio de Janeiro. Por lá, os naipes feminino e masculino não se encontrarão. Primeiro, as mulheres iniciam os confrontos, em 26 de março. Após o encerramento do campeonato, os homens entram em quadra, a partir de 7 de abril. 

Em tempos em que tudo é tão pesado, encontrar no esporte a leveza para dias melhores, é uma boa saída. É ter  distração e, por algumas horas, como principal preocupação o desempenho de seu atleta ou time favorito. É ocupação para a mente, quando o movimento do seu próprio corpo está limitado. É ver movimento no outro e se sentir representado. Não é se preocupar menos com a gravidade do cenário lá fora.  

Se o esporte tem que parar? Para mim, a resposta é relativa. Há maneiras de garantir a segurança sanitária durante as competições, se seguidos os protocolos, as disputas poderiam seguir com riscos mínimos. O que não é possível, e vem acontecendo no país, é manter campeonatos quase como se estivéssemos em um cenário normal, com diferença apenas da falta de público.