Todo mundo sabe que o vôlei é um esporte coletivo. Afinal, seis atletas ficam uma de cada lado da quadra e só por isso, já se justifica a denominação. O que acontece é que em muitas equipes um ou dois nomes se destacam e concentram os principais lances, não com a seleção feminina de vôlei do Brasil. Elas chegaram a Tóquio como um time, sem peça ‘a’, ‘b’ ou ‘c’, que destoa. Temos grandes jogadoras, que se complementam e tem mostrado formar um time capaz de lutar pelo ouro. A partida contra as russas, pelas quartas de final, foi exemplo disso.
Adversário histórico, de grandes jogos, principalmente, em Olimpíadas, a Rússia começou a partida querendo mostrar serviço. Conseguiu. No segundo, o filme parecia que ia se repetir, o Brasil chegou a estar perdendo por 15 a 9, a única saída era arriscar. Rosamaria e Macris entraram na inversão, nos lugares de Roberta e Tandara. Foi aí que o jogo começou a mudar e o Brasil conseguiu a vitória no 2º set. O mesmo aconteceu no 3º e 4º, que mesmo mais equilibrado, terminou melhor para a seleção verde e amarela.
Mas se engana quem pensa que os destaques ficaram só por conta delas. Camila Brait, que há muito pedia passagem olímpica, dominou o fundo de quadra, chamou a responsabilidade e assumiu grandes defesas. Assim como ela, toda a equipe jogou bem, principalmente, da metade para o final do 2º set. É possível observar isso na distribuição dos pontos: Gabi,18, Gattaz, 16, Rosamaria, 16, Fernanda Garay, 14, e Carol, 10.
Juntas, essas mulheres podem alcançar o que não se esperava no início da temporada: o ouro olímpico. Quando o esporte coletivo, de fato, conta com a coletividade, isso se torna possível.
Mas precisamos voltar a falar sobre Macris e Rosamaria. A primeira teve uma entorse no tornozelo, na partida contra o Japão, na última quinta-feira (29). Nesta quarta-feira (4), menos de uma semana depois, entrou em quadra como se não tivesse passado por isso. Ao final, agradeceu ao suporte recebido pela equipe, principalmente, do fisioterapeuta Fernando Fernandes. Rosamaria vem pedindo passagem desde o início da temporada. Sempre que entra, corresponde. Além do jogo, tem a raça capaz de incendiar qualquer partida.
É com esse grupo aguerrido que o Brasil vai em busca da tão sonhada vaga na final. A semifinal será contra a Coreia do Sul, na próxima sexta-feira (6), 9h da manhã.
Seleção masculina também enfrenta os russos
Logo mais, 1h da manhã de quinta-feira (5), os homens disputam uma vaga na final olímpica com o Comitê Olímpico Russo. No masculino, os russos também são adversários complicados. Conhecidos por embates olímpicos. São eles, inclusive, os únicos que conseguiram derrotar a seleção brasileira na fase de grupos de Tóquio 2020.
O que se espera é que, assim como no feminino, o grupo prevaleça e a vitória venha.
Dia Olímpico com mais chances de medalhas
No arremesso de peso, Darlan Romani vai em busca da sonhada medalha olímpica, nesta quarta-feira, a partir das 23h05. Na fase classificatória, ele garantiu a quarta melhor marca, 21,31 metros, que já supera a que o deu o quinto lugar na Rio 2016, 21,02 metros.
No boxe, teremos duas semifinais. Com as medalhas de bronze já garantidas. Beatriz Ferreira e Herbert Sousa querem ir além. Na categoria peso-leve (até 60kg), “Bia” enfrenta a finladesa Mira Potkonen, às 2h15. Às 3h18 é a vez do brasileiro encarar o atleta do Comitê Olímpico Russo, Gleb Sergejewitsch Bakschi, na caterogia peso-médio (até 75kg). Os dois têm boas chances de chegar às finais.