Em quatro meses, em um dia como este 30, estaremos, ao que tudo indica, vivendo as Olimpíadas que entraram para a história antes mesmo de começar. Em meio à pandemia do coronavírus, parecemos viver um dia de cada vez, sem muitas certezas sobre o que vem pela frente, mas o avanço da organização e definição de diversos pontos dos Jogos de Tóquio consolidam as expectativas quanto à ocorrência das disputas.
No próximo final de semana estão previstos os primeiros eventos-teste, com uma disputa de rúgbi em cadeira de rodas. Ao todo, devem acontecer 18 competições antes dos Jogos, cumprindo uma série de restrições, como limite do contato físico, distanciamento de ao menos um metro e constante com a higienização das mãos. Gritos de apoio estarão proibidos e as áreas comuns serão ventiladas a cada meia hora.
Dessas, 14 ficarão a cargo do comitê organizador e outras quatro serão de responsabilidade das federações internacionais. Há a possibilidade de cinco contarem com torcedores e atletas estrangeiros, entre elas as disputas de atletismo previstas para 9 de maio, no Estádio Nacional, em Tóquio.
A tocha olímpica é símbolo e começou seu revezamento na semana passada, na cidade de Fukoshima. Como marco para os Jogos, a chama foi às ruas com certa tranquilidade, aparentemente sem aglomerações e deve passar por mais 46 províncias do Japão, até chegar ao Estádio Olímpico, em Tóquio, em 23 de julho, quando a pira será acesa. Essa luz reacende também a esperança de que há esperança de passarmos por essa, logo.
199 brasileiros classificados
A delegação nacional segue se compondo e a previsão do Comitê Olímpico Brasileiro é :
- Levar de 270 a 300 atletas a Tóquio.
- O esporte com mais representantes é o futebol, 18 em cada naipe (feminino e masculino).
- Já entre as categorias individuais, o atletismo é o que conta mais competidores: 25.
11 mil atletas, de 204 países devem estar presentes na capital japonesa durante a disputa das Olimpíadas.
Cada vez mais palpável, as Olimpíadas da esperança estão quase batendo à porta. Os Jogos mais diferentes de todos os tempos serão também termômetro, afinal reunir tanta gente em uma só cidade para disputas intensas e diárias, durante uma pandemia pode dar muito certo, mas sempre com aquele benefício da dúvida, do incerto. É tanto que de acordo com pesquisa realizada por um jornal local, 36% dos japoneses prefere um novo adiamento, 33% um cancelamento total e 27% apoiam a realização de acordo com o que está planejado.