Projeto “Futuro e Memória' em sua segunda edição é um “presente” para os cearenses

Trabalho fonográfico tem lançamento previsto para início de novembro e une gerações que mostram a eternidade da boa música

O ontem e o amanhã caminham juntos pelos muros da Capital Cearense. Hoje, em uma mesma rua, observamos modernos arranha-céus e ruínas de antigos casarões. A maior prova disso é a nossa Praia de Iracema, que ao lado de torres hoteleiras resistem às ruínas do saudoso Edifício São Pedro.

Dentro dessas perspectivas, unindo tantos elementos da nossa história surgiu um dos projetos mais inteligentes da música cearense. “Futuro e Memória” é o nome do trabalho fonográfico que uniu artistas de várias gerações do nosso Estado. O Título não podia ser outro, pois ele sabe narrar a trajetória da nossa música e adianta o que está por vir.

Sua primeira edição foi lançada em 2018 e contou com a participação de parte do que há de melhor no cancioneiro popular cearense. Essa constelação de artistas interpretou as músicas dos compositores e também idealizadores do projeto Dalwton Moura e Rogério Franco.

Agora em 2021, “Futuro e Memória” ganha seu segundo volume dentro da mesma idealização de unir várias gerações e estilos cearenses em um mesmo trabalho fonográfico, o que já deixa a grande expectativa para o lançamento. Dentre os integrantes estão nomes como Rodger Rogério, Teti, Davi Duarte, Edmar Gonçalves, Calé Alencar, Gilmar Nunes e Theresa Rachel

A atual música cearense 

Gravado na pandemia com todos protocolos sanitários respeitados, a nova edição mescla clássicos da música cearense e inéditas frutos da parceria dos já mencionados Dalwton Moura e Rogério Franco. O lançamento deve ocorrer ainda nos primeiros dias de novembro em registro audiovisual também. 

“O projeto reúne gerações que se conectam em grandes parcerias. Cada cantor escolheu também músicas que marcaram seu repertório, além das faixas que não são conhecidas do público” 
Dalwton Moura
Compositor e idealizador do projeto

Como cereja do bolo, a capa do álbum ainda ganha a ilustração de obras do eterno gênio Sérvulo Esmeraldo. Falecido em 2017, o artista plástico é perene dentro da cultura cearense e sua obra estampar esse trabalho também reforça a ideia que futuro também é memória no nosso imaginário.

Vale ressaltar que a realização dessa iniciativa é fruto do VIII Edital das Artes da Secultfor/Prefeitura de Fortaleza e pela Casa de Vovó Dedé, que recebeu os cantores e instrumentistas para a gravação do especial.

Para dar uma prévia aos amantes do nosso cancioneiro popular, antes mesmo da estreia do “Futuro e Memória II”, será transmitido nas redes sociais “lives” com bate-papos dos artistas e compositores dialogando sobre suas composições e cenário musical. A programação terá início nas próximas cinco quartas-feiras.

“Porque cantar parece com não morrer”

Palavras como o novo e o velho não podem existir quando caracterizam as artes em seus mais variados gêneros e aspectos. “Cantar é não morrer” já afirmou nosso eterno Pavão Mysteriozo, o magnífico Ednardo. Música não tem idade e sempre irá se perpetuar no tempo, basta ter qualidade.

“Reunir esse grupo em tempo de pandemia é um desafio, mas foi fundamental e esperamos lançar outras edições, ainda tem muito a ser mostrado”, relatou empolgado Dalwton Moura. A frase do compositor e um dos mais importantes fomentadores da música cearense da atualidade ecoou feito canção no meu peito.

A expectativa para assistir o projeto é enorme e o sonho é que tudo isso passe logo para voltarmos a encontrar esses artistas nos bares, nas boates e teatros é ainda maior. É preciso incentivar sempre resgatar a memória e lançar o futuro, além de fazer com que eles caminhem juntos pelo bem do hoje!