O governador Elmano de Freitas (PT) está fazendo uma série de reuniões internas de avaliação sobre o andamento da gestão estadual. A ideia é acelerar medidas que já estão em andamento e estudar possíveis mudanças que podem ocorrer em processos e até em cargos ocupados até aqui.
A gestão do petista, iniciada em 1º de janeiro do ano passado, carece de ajustes, reconhecidos, reservadamente, até por aliados mais próximos do governador do Estado.
É praticamente unânime a crítica de que o governo precisa destravar a gestão em temas estratégicos mirando o melhor funcionamento da máquina e, até mesmo, de olho no ano eleitoral nos municípios cearenses em 2024.
Recentemente, o governo promoveu uma mudança estratégica na área política com avaliação positiva dos aliados. Para ser candidato a prefeito de Caucaia, o secretário de Articulação Política, Waldemir Catanho, deixou o cargo. Assumiu a função a suplente de senadora Augusta Brito, que se licenciou do mandato em Brasília.
Nos bastidores, a mudança renovou as esperanças dos aliados de terem as demandas atendidas. Na prática, a avaliação é que Augusta tem sido mais resolutiva, mas o trabalho ainda é recente, tem pouco mais de um mês.
Um dos pontos nevrálgicos para Elmano é o caso de Fortaleza. O PT se prepara para um duro enfrentamento nas urnas e o sucesso da empreitada depende, em parte, da gestão estadual. A avaliação de políticas públicas estaduais poderá significar a diferença entre dar protagonismo ou não ao governador na campanha de Evandro Leitão.
Por outro lado, o Estado enfrenta desafios em áreas sensíveis como a segurança pública e a infraestrutura. Tudo isso em um cenário de frustração de receitas, com um crescimento econômico nacional limitado, e até causado pelas perdas de arrecadação acumuladas nos últimos anos.
Ainda são restritos os encaminhamentos das avaliações de Elmano, mas poderá até mesmo haver trocas no secretariado.