O governador Elmano de Freitas (PT) vai iniciar uma nova estratégia de combate à violência em Fortaleza e Região Metropolitana. Os números de homicídios, furtos e roubos têm diminuído, mas estão em patamares elevados, avalia o governador. O petista quer um combate estratégico às facções criminosas por território e sugere até mesmo um ministério separado só para Segurança Pública.
Elmano teve como primeira agenda oficial no ano de 2024 uma reunião integrada entre as forças de segurança do Estado e pastas ligadas à área social como a Secretaria de Educação, a de Esportes, Mulheres e também a de Proteção Social.
A equipe de Segurança do Estado já tem em mãos um mapa com apontamentos de onde está a maior parte dos crimes na Região Metropolitana de Fortaleza, especialmente entre a Capital, Caucaia e Maracanaú. E será a partir destes três municípios que terá início a nova estratégia de segurança do Ceará no combate às facções criminosas.
“O povo brasileiro não tem um inimigo maior, atualmente, do que as facções criminosas ligadas ao tráfico de drogas. Por isso que eu estou defendendo uma separação entre o Ministério da Justiça e o da Segurança Pública. A Segurança precisa de uma pasta exclusiva”, defendeu o governador no fim do ano passado em entrevista a este colunista.
Até o momento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não confirmou o substituto de Flávio Dino na Pasta. Entretanto, interlocutores do presidente têm dito que ele não vai desmembrar o ministério.
Nova reunião
Na reunião desta terça-feira (2), o governador tratou de aproximar as áreas de segurança e ação social para que, em uma nova conversa, na próxima semana, as ações de cada área estejam determinadas.
“Vamos voltar a ter uma política forte de regionalização. Haverá mais polícia nas ruas dessas regiões e também haverá presença do Estado no social. Vamos investir nisso”, declarou o governador.
Segurança e Saúde são duas áreas com as piores avaliações pela população. Ao apostar nestas áreas, o governador que demonstrar que estar agindo para priorizar o que as pessoas consideram mais urgentes.