Uma das principais notícias da semana no Congresso Nacional foi a formação de um robusto bloco parlamentar formado por cinco partidos de centro-direita e que deverá ter peso decisivo nas votações da Câmara dos Deputados neste início de Legislatura. O grupo vai concentrar MDB, PSD, Republicanos, Podemos e PSC e terá como um dos líderes o deputado federal cearense Luiz Gastão Bittencourt (PSD).
O bloco foi anunciado no início da semana e reúne um total de 142 deputados federais, o maior bloco formado na atual legislatura. O líder do colegiado será o deputado Fábio Macedo (Podemos-MA).
As lideranças consideram que o grupo terá peso na articulação política da Casa e um será fundamental nos momentos decisivos de votação, no confronto entre base do governo e oposição.
Com a formação do bloco, o nosso líder (do partido), Antônio Brito, me fez o convite de participar na vice-liderança do grupo. Aumenta a nossa responsabilidade e será um bloco que vai nos viabilizar relatar medidas provisórias, participar dos colégios de líderes e de pautas de extrema relevância”, diz o parlamentar cearense.
A união foi vista por especialistas como uma divisão do chamado “centro democrático”. Somadas, as legendas que apoiam o governo Lula e estão no bloco detém o comando de seis ministérios na esplanada. Mas há deputados também da oposição.
“Nosso partido faz parte da base do governo, ocupando três ministérios. No bloco, vamos sempre procurar tomar decisões em conjunto com o objetivo sempre de construir a governabilidade e a democracia no Parlamento. O que é importante para o País”, diz Gastão.
Espaço de liderança
Em uma casa com 513 deputados, os cargos de liderança são valorizados, pois a própria pauta do plenário é definida na reunião de líderes da Casa.
Em seu primeiro mandato, Luiz Gastão passa a integrar esse grupo diretivo e a ter mais espaços de fala e deliberações no plenário e nas comissões da Câmara.
Outros deputados cearenses integram o colégio de líderes da Casa. André Figueiredo é o líder do PDT e José Guimarães (PT) é o líder do governo Lula na Câmara.