Amanhã (6), o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), deve se reunir com o ministro Paulo Guedes (Economia) para discutir a possibilidade de elevar a capacidade do Estado de contrair empréstimos e, assim, acelerar o ritmo dos investimentos públicos neste segundo semestre, em que a economia cearense precisa ganhar tração diante da pandemia.
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“Nós conseguimos agora durante essa pandemia aprovar o financiamento do Estado. O que eu estou defendendo para o Ministro da Economia, que terei uma reunião na segunda-feira, é que amplie o espaço fiscal do Estado”, disse Camilo.
O chefe do Executivo cearense aponta os efeitos positivos de um potencial aumento da capacidade de endividamento do Estado.
“Se eu conseguir aumentar os investimentos, eu movimento a economia, gero mais emprego. O papel de poder público nessa pós-pandemia, ou melhor, diante dessa retomada, terá um papel muito importante”, frisa.
Os indicadores econômicos do Ceará são um dos trunfos de Camilo nas conversas com Guedes sobre a ampliação dos investimentos no Estado.
“Já fomos com essa demanda. Ele prometeu porque sabe que os indicadores do Ceará estão entre os melhores. Estamos trabalhando para facilitar a vida da empresa privada, dando incentivos, parcelando, dialogando, desburocratizando. Quanto ao restante, quem tem que cumprir essa missão é o Governo Federal de abrir créditos no banco, de acelerar as obras federais”, comentou o governador.
Camilo reconhece as limitações de caixa dos entes federativos e cobra maior atuação federal.
“No mundo inteiro é assim porque quem tem capacidade de gerar dinheiro, se endividar, emitir moeda, é a União. O Estado não tem capacidade para isso, não tem poder para isso. Há uma reclamação generalizada do acesso ao crédito para empresas, uma coisa muito difícil, a burocracia, e nesse momento as coisas precisam ser desburocratizadas para poder a economia girar”, observa o gestor estadual.