O IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) é uma das maiores fontes de renda do Estado e uma conta que já está anotada na caderneta da classe média para pagamento em janeiro ou ao longo do primeiro semestre. A taxa integra a lista de impostos que têm peso no bolso logo no início do ano e inclui também o IPTU (para proprietários de imóveis).
Mal virou o ano e o cearense já está preocupado com uma conta indigesta com a elevação dos valores pagos do IPVA, a sinalização de que pode haver correções na tabela do IPTU e a criação de uma nova taxa do lixo na Capital.
No Ceará, o IPVA é cobrado para 2,3 milhões de proprietários de veículos. O percentual médio de taxação é de 3% do valor do bem. Para 2022, não há reajuste da tabela, entretanto, o momento da economia nacional tem influência e traz peso ao bolso.
O imposto é calculado com base na valorização ou desvalorização do bem. Geralmente, os veículos se desvalorizam com o passar dos anos, mas como a pandemia afetou o setor automobilístico, os carros usados dispararam de preço e isso fez com que o boleto do IPVA chegasse ao contribuinte com alta nos valores totais.
Leitores desta Coluna relatam um reajuste na comparação com o valor pago no ano passado que chega a até 30%, que não estava nos planos e nem nas contas das famílias cearenses. A partir deste dia 3 de janeiro, os boletos já podem ser pagos. O fato é que depois de muitos anos, o consumidor terá que pagar mais pelo imposto.
Perspectiva de mais reajustes
Em relação ao IPTU, em entrevista ao Bom Dia Ceará, da TV Verdes Mares, no último dia 22 de dezembro, o prefeito da Capital José Sarto (PDT) informou que estava em estudo uma correção da tabela do IPTU, o que também afetará o bolso do trabalhador.
A lista indigesta tem ainda a possibilidade de criação de uma taxa de lixo ainda no primeiro semestre e um possível aumento da passagem de ônibus.
Em um ano que deve haver crise econômica, com alta na taxa de juros e risco de consumo desacelerado, aumentar o direcionamento de recursos do orçamento doméstico aos impostos acaba significando mais perda de poder de compra.
Uma carga pesada para quem tenta retomar a normalidade após dois anos difíceis de pandemia.