Ainda é cedo para traçar um panorama do Fortaleza do técnico Juan Pablo Vojvoda. Mas o jogo desta quarta-feira, contra o Atlético/CE, mostrou uma equipe já com traços diferenciados e com uma postura tática ousada e intensa, que culminou em seis gols marcados e muita imposição no setor ofensivo.
Também não se sabe se essa formação, um 3-4-3 (3-5-2 em alguns momentos) com variações nas fases ofensivas e defensivas, será mantida, mas ela é curiosa. O uso de três zagueiros voltou com tudo na Europa nos últimos anos, após sucesso no início dos anos 2000 (inclusive com a marcante Seleção Brasileira pentacampeã mundial), e que casa bem proteção defensiva e número elevado de atletas no setor de ataque. Mas que exige sincronismo nos movimentos.
Liberdade para atacar
Porém, o que mais chamou atenção não foi a utilização do esquema de três zagueiros, mas as peças que foram a campo. Tinga encarou desafio de ser um zagueiro pela direita, mas não um zagueiro qualquer. Ele teve papel fundamental no início das jogadas tricolores.
Com liberdade, ele foi à frente e iniciou vários ataques, perfazendo um número de 8 atletas tricolores na fase ofensiva (Tinga, Ederson, M. Vargas, Lucas Crispim, Pikachu, Robson, David e Wellington Paulista).
Outro ponto curioso foi a utilização de Lucas Crispim como ala esquerdo. Também com liberdade, ele pisou na área, tanto que o primeiro gol nasceu justamente de uma jogada como essa.
Como disse, ainda é cedo para empolgação. Mas uma coisa é certa. Vojvoda não é um treinador com ideias comuns. O entendimento, aliado aos resultados, vão dar o respaldo que o treinador precisa para fazer um Fortaleza muito fora da caixa.