Empresários da indústria, do comércio varejista, do turismo e também do mercado financeiro lotaram ontem, com suas famílias, o roof-top do edifício BS Design para ouvir e aplaudir o cantor Paulo José Benevides, uma das mais belas vozes do Ceará.
E não só ouviram e aplaudiram, mas dançaram das 17h30 às 22 horas ao som de hits de Elvis Presley, Frank Sinatra, Perry Como, Luciano Pavarotti, Paul Anka, Charles Aznavour, Bing Crosby, Abba, Bee Gees, Antônio Carlos Jobim, Cazuza, Luiz Gonzaga, Maciel Melo, Petrúcio Amorim e Flávio Leandro.
Entre os presentes, Deusmar Queirós, sócio controlador da rede de Farmáias Pague Menos, e Beto Studart, do Grupo BS, o primeiro enaltecendo a facilidade com que Benevides canta em vários idiomas, o segundo destacando a potência vocal do artista, cujo pai – o saudoso professor doutor Sérgio Armando de Sá e Benevides, da Escola de Engenharia a UFC, que tinha também uma voz inconfundível – foi uma das primeiras vítimas da Covid – ele morreu em maio de 2020, após 53 dias na UTI.
Paulo José Benevides, que canta desde os 5 anos e, profissionalmente, desde os 17, cresceu no meio dos mais de 3 mil discos que o pai ouvia diariamente e que agora são sua herança.
No show de ontem, acompanhado por um teclado sintetizador, um contrabaixo, uma guitarra, um trompete, um Flugelhom e bateria e apoiado por um perfeito sistema de som e luz, Paulo José iniciou com clássicos de Sinatra, mas em ritmo adequado ao entusiasmo de uma balada, e, durante uma hora, seguiu com os grandes sucessos internacionais.
Houve um intervalo. Ele trocou de roupa e retornou com uma sequência de canções que marcaram e ainda marcam a vida dos jovens e adultos – no meio dos quais septuagenários e octogenários.
Para a alegria de todos, Benevides, com arranjo especial, mandou “Suspicius Minds”, de Mark James, que Elvys Presley imortalizou.
“Essa é do meu tempo”, comentou Fernando Rodrigues que fundou e o filho de mesmo nome dirige hoje a Makro Engenharia, uma grande empresa cearense locadora de máquinas e equipamentos para a construção pesada.
“Que maravilha”, disse Ana Maria Studart, que, com o marido Beto, meneava a cabeça marcando o compasso da música.
Quando todos pensavam que o melhor já havia sido apresentado, eis que Paulo José invadiu o Caribe e foi até Havana, de onde trouxe, embalado pela introdução do trompete, a obra prima de Isolina Carrillo, “Dos Gardenias para ti”.
"Essa tocou o meu coração juvenil", comentou Fernando Pontes, que é um dos líderes das empresas revendedoras de automóveis. "Não se faz mais música assim", acrescentou ele.
Mas houve como que um grito de gol quando Paulo José começou a cantar “Besame Mucho”, da mexicana Consuelo Velásquez, e aí homens e mulheres de todas as idades cantaram juntos – em espanhol, claro – mantendo o corpo dançando.
O “gran finale” do segundo tempo chegou – no mesmo embalo rítmico do primeiro – com “O Sole Mio”, dos compositores italianos Eduardo di Capua e Alfredo Manzzucchi, que faz parte do repertório que Paulo José Benevides canta em grandes festas de casamento em Fortaleza, São Paulo, Punta del Este, Milão, Angra dos Reis e Recife.
Houve o terceiro tempo, durante o qual a música brasileira – a nordestina, também – foi celebrada, aplaudida e dançada, tudo no ritmo de balada, marcado pela forte e precisa mão esquerda do baterista, que, como um mágico, usava a direita e, ainda, os dois pés em movimentos diferentes mas compassados.
Ao longo de toda o show, que terminou às 22 horas sob um céu sem nuvens que mostrava a beleza dourada de uma lua em quarto crescente, não faltaram alegria, animação, abraços confraternizadores e muitos aplausos a Paulo José e sua banda.