Raimundo Gomes de Matos, diretor de Planejamento da Sudene, disse ontem a um grupo de empresários cearenses, com os quais se reuniu por vídeo conferência, que a conclusão das obras de construção da Ferrovia Transnordestina está prevista para o início de 2022. Acreditando no que ouve nos corredores dos ministérios do Desenvolvimento Regional e da Infraestrutura, que dividem responsabilidades financeiras e técnicas desse empreendimento iniciado em 2006, Raimundo Matos, falando de sua sala de trabalho em Recife, deixou alegre o atento auditório virtual que o acompanhou na sua exposição. Ele anunciou que está sendo relicitado o ramal pernambucano da Transnordestina e que o ramal cearense, parte do qual já está pronto, terá liberação de verba no próximo mês de agosto. Essa estrada de ferro já consumiu R$ 6 bilhões, 90% dos quais oriundos de fundos públicos - como o Finor, o FNE e o FDNE. O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, tem dito e repetido que a conclusão da Transnordestina "é compromisso assumido pelo presidente Bolsonaro com o Nordeste". Pronta em janeiro de 2021 essa obra não estará, a não ser que uma empresa chinesa - com moderna tecnologia ferroviária e seu dinheiro ouvindo a conversa - seja convocada para executar o serviço que resta, e bote serviço nisso. Sobre ferrovia, esta é a novidade. Mas Raimundo Matos fez outra boa revelação, agora no campo rodoviário: o projeto do Arco Metropolitano - uma autoestrada que ligará a BR-116, em Chorozinho, até o porto do Pecém, cortando municípios, inclusive Maranguape, está sob análise do ministério de Rogério Marinho.
Camarão
Com a reabertura dos restaurantes, não só em Fortaleza, mas em várias capitais do País, a Samaria Camarões, do cearense Cristiano Maia, maior carcinicultor do Brasil, já desovou 50% do seu estoque de quase 20 toneladas de camarão. Maia disse ontem à coluna que as vendas estão quase chegando ao nível de antes da pandemia. Quanto à retomada das exportações, informou que está "aguardando a confirmação dos pedidos", que já chegaram de seus antigos clientes nos Estados Unidos e na Europa.
Desafio
Rogério Marinho, ministro do Desenvolvimento Regional, desafiou o Dnocs a trocar as choupanas de taipa do sertão nordestino - domicílio secular do "barbeiro", transmissor da Doença de Chagas - por casas de alvenaria. Belo desafio!
De hoje em diante onde havia um Hiper Bompreço há agora um BIG Bompreço, cujas lojas de Fortaleza e de Juazeiro do Norte foram remodeladas pelo seu novo dono - o Grupo BIG, muito forte na região Sul. O Grupo BIG, ex-Walmart Brasil, tem 401 unidades espalhadas pelo País e um quadro de 50 mil colaboradores.
Sobre o criminoso incêndio que, sábado, 19, consumiu parte de um fardo de 18 toneladas de algodão colhido e prensado no lote de um pequeno produtor do Perímetro Irrigado Jagaribe Apodi, em Limoeiro do Norte, esta coluna apurou: foram destruídas 3 toneladas. Era desconhecida até ontem a identidade dos seus autores.