Hapvida, com lucro de R$ 330 milhões, dispara na Bolsa

As ações da empresa, que nasceu em Fortaleza e expandiu-se para todo o país, subiram ontem 6,48%, liderando a lista dos papéis que mais se valorizaram na sessão de ontem da Bovespa

Num dia em que a Bolsa de Valores brasileira B3 fechou em baixa de 0,87%, aos 126.990 pontos, e o dólar disparou para cima, encerrando o dia cotado a R$ 5,06, as ações do grupo cearense Hapvida registraram ontem uma alta surpreendente, valorizando-se 6,48% graças ao bom resultado do seu balanço financeiro do quarto trimestre de 2023, divulgado na segunda-feira, que veio com um lucro ajustado de R$ 330,05 milhões, ou seja, 104,8% maior do que o do mesmo período do ano anterior de 2022.

O bom resultado do Hapvida veio de acordo com o que esperava o mercado – e o Banco Morgan Stanley está recomendando a compra de papeis da empresa, que administra um dos maiores planos de saúde do país. O Morgan estabeleceu em R$ 6 o preço alvo para as ações do Hapvida. Já o BBI fixou em R$ 5 o preço alvo, mas, como o Morgan Stanley, também recomenda os papéis do Hapvida como Outperform (performance acima da média).

A empresa aumentou sua receita mesmo tendo registrado redução do número dos seus segurados.

Jorge Pinheiro, CEO do Hapvida, disse aos investidores por teleconferência que a integração da empresa com a Notre Dame Intermédica está sendo acelerada. Disse, também, que neste ano o Hapvida trabalhará para fortalecer suas operações, focando na recuperação de suas margens. 

Pinheiro anunciou que, a partir do próximo mês de maio, dará início a uma fase de reajustes que será de dois dígitos. A expectativa é de que, neste primeiro semestre, novos produtos sejam lançados.