Cimento Apodi usa gases e pneus picados para produzir própria energia

Em Quixeré, a fabrica da empresa -- associação da família Dias Branco com a gigante grega Tintan -- gera até 30% da energia que consome, para o que utiliza a melhor tecnologia

Novidade tecnológica! A Companhia de Cimento Apodi – joint venture integrada meio-a-meio pela família Dias Branco e a gigante multinacional grega Titan – está aproveitando em sua fábrica de Quixeré os gases que seriam lançados na atmosfera para a geração de parte da energia que consome.

Com esses gases, a Apodi gera 5 MW (megawatts) médios de energia, que garantem de 25% a 30% do consumo de sua fábrica de cimento. 

E mais: a fábrica de Quixeré usa a Inteligência Artificial na operação dos seus equipamentos, com foco na redução do consumo específico de energia elétrica.

Como se não bastasse, a Apodi utiliza combustíveis alternativos em todo o seu processo industrial, reduzindo largamente o uso dos de origem fóssil.
 
Produtos como pneus picados, biomassas, restos de borrachas, solventes e lodos são misturados para a produção de combustível alternativo destinado à fabricação de cimento. Isto permite a redução de 20% no percentual de consumo térmico de energia, podendo chegar a valores superiores.

Todas essas novidades tecnológicas foram apresentadas pelos técnicos da Companhia de Cimento Apodi na recente Proenergia Summit 2022, evento promovido, na semana passada, pelo Sindicado da Indústria de Energia do Ceará (Sindienergia), em parceria com a Fiec e o Sebrae.

Idealizada no ano de 2008, a Cimento Apodi está presente de forma estratégica nas regiões Norte e Nordeste do país, possuido um parque industrial implantado e em operação em uma área de 3 mil hectares em Quixeré, mesorregião do Vale do Jaguaribe, além de uma moagem de processamento no Complexo Industrial e Portuário do Pecém.
 
Juntas, as duas unidades têm capacidade para produzir mais de dois milhões de toneladas de cimento por ano.

A Apodi tem, ainda, duas centrais de concreto, um laboratório de tecnologia de concreto e nove Centros de Distribuição posicionados de forma estratégica nas diferentes regiões do país para melhor atender seus clientes.
 
A empresa produz com alto rigor de qualidade uma ampla linha de produtos, o que a permite atender às diferentes necessidades do mercado brasileiro da construção civil brasileiro, com eficiência e responsabilidade socioambiental.

TUDO PARA DEPOIS DA ELEIÇÃO

Esta coluna conversou com três empresários, dois dos quais do setor industrial – o terceiro é agropecuarista.

Os dois primeiros disseram que só após as eleições e, mais ainda, quando for anunciada a equipe econômica do próximo presidente da República a ser eleito em outubro, é que tomarão decisões sobre novos investimentos.

“Por enquanto, nada de investimento novo. Vou aguardar o resultado da eleição, e só depois, quando o futuro ministro da Economia for conhecido, definirei o que fazer ou não fazer”, disse o agropecuarista, na opinião de quem antecipar investimento agora poderá ser um tiro no pé”.

Os dois industriais têm opinião semelhante. Um deles, da área metalúrgica, olha não somente para a eleição do presidente da República, mas também para a de governador do Estado. “Torcemos para que o futuro governador mantenha as diretrizes da política de atração de investimentos e, ainda, da gestão financeira do estado, cujas contas são mantidas equilibradas desde 1987”, disse ele.

O terceiro empresário, industrial da construção civil, espera que o futuro presidente da República “dinamize os programas de habitação, facilite os financiamentos para a aquisição da casa própria e reduza os juros, que hoje estão muito altos”.