Bahia pede ajuda ao Ceará para a criação de camarão

Secretário da Agricultura baiana pediu ao secretário Salmito Filho o nome de um consultor cearense para ajudá-lo a fazer da Bahia um polo de carcinicultura, como o são o CE e o RN. O nome sugerido foi o de Cristiano Maia

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Berlim (Alemanha) – Wallison Tum, secretário da (respire!) Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura do Governo da Bahia e, também, deputado federal pelo Avante, produz frutas no Polo Fruticultor de Juazeiro e toda sua produção é exportada para o exterior pelo Porto do Pecém, “que tem uma excelente logística, um ótimo atendimento ao cliente e eu sou, prova disso”, como ele disse.

A Bahia dispõe de três bons portos, mas para a logística dos fruticultores baianos, Pecém “é melhor na relação custo-benefício e na rapidez com que processa as cargas”, disse ele ao seu colega deputado estadual Salmito Filho, secretário do Desenvolvimento Econômico do Governo do Ceará, a quem foi ontem apresentado no estande do Brasil na Fruit Logistica.

Tum – como é conhecido na política e na atividade empresarial da Bahia – é um político e produtor rural bem-humorado. Ele está em Berlim participando da Fruit Logística, maior feira mundial da cadeia produtiva de Frutas, Legumes e Verduras (FLV). Na sua opinião, o cearense “é um ser muito inteligente e por causa disto está em todo lugar do mundo, inclusive na China”.

Ele disse a Salmito Filho que está interessado em desenvolver a carcinicultura na Bahia, elogiou o avanço dos cearenses no setor e desejou saber quem no Ceará pode prestar-lhe consultoria nesse projeto. A resposta veio rápida e de forma unânime:

“Cristiano Maia, o maior criador de camarão do Brasil”, responderam a um só tempo o secretário Salmito Filho; o presidente do Complexo do Pecém, Hugo Figueiredo; o presidente da Adagri, Elmo Aguiar; o secretário Executivo da SDE, Sílvio Carlos Ribeiro; e o coordenador de Recursos Hídricos da SDE, Erildo Pontes.

“Pois vou procurar o Cristiano”, prometeu Wallison. “Alguém pode me passar o contato dele?”, pediu ele. Em menos de 30 segundos, Tum recebeu no seu celular várias mensagens com o número do telefone do dono do Grupo Samaria, que é também dono da Fazenda Potiporã, no vizinho Rio Grande do Norte, e de mais duas no Ceará – uma em Beberibe, outra em Acaraú, no Ceará.

O secretário baiano revelou que há na Bahia um conjunto de 5 mil poços profundos, todos com água salobra, algo de que mais gosta o camarão em todas as suas idades. Como no Ceará o que parecia um limão virou uma boa limonada (mais de 1 mil pequenos carcinicultores no Vale do Jaguaribe criam camarão aproveitando a salinidade da água do subsolo), a Bahia quer seguir o mesmo caminho.

“Quero fazer na Bahia o que vocês estão fazendo no Ceará na criação de camarão. Também quero transformar limão em limonada, pois é por aí que poderemos também mudar para melhor a condição de vida do homem do campo, oferecendo-lhe boas condições para despertar nele o espírito empreendedor”, explicou Wallison Tum.

Mas ele destacou as virtudes da agropecuária baiana, que alcançou níveis excelentes de qualidade na cotonicultura, na sojicultura e na produção de leite bovino, atraindo para lá grandes empresas, sendo uma delas a Alvoar – que nasceu da união da cearense Betânia Lácteos com a mineira Lacticínios Embaré.

Na agropecuária regional nordestina, os baianos são líderes. Na geração de energias renováveis, eles são líderes nacionais – essa liderança já foi ocupada pelo Ceará, que a perdeu por falta de interesse do governo estadual, que o retoma agora.

O secretário Salmito Filho disse ao seu colega da Bahia que sua Secretaria e todo o Governo do Ceará estão à sua disposição para a celebração de uma parceria em todas as áreas da atividade agropecuária, incluindo a pesca e a aquicultura.

Hoje, a Bahia é o principal fornecedor de tilápia ao Ceará, que também já foi o primeiro, enquanto manteve cheios os pequenos, médios e grandes açudes, agora com menos de 30% de sua capacidade total de represamento (a tilapicultura cearense mudou-se para o Piauí, onde o rio Parnaíba corre o ano inteiro e a barragem de Boa Esperança está sempre acumulando mais de 50% de sua capacidade, garantindo a exitosa existência de fazendas de criação de tilápia.

M. DIAS BRANCO NO ÍNDICE TEVA MULHERES NA LIDERANÇA

Engajada em proporcionar uma maior equidade de gênero em todas as suas esferas, a cearense M. Dias Branco – líder do mercado brasileiro de massas e biscoitos – recebeu mais um reconhecimento.

A empresa continua a fazer parte da carteira do Índice Teva Mulheres na Liderança, o primeiro índice do Brasil que seleciona as empresas com maior representatividade de mulheres na liderança, avaliado trimestralmente. No rebalanceamento de janeiro de 2024, M. Dias Branco garantiu a 4ª posição do ranking de diversidade de gênero, com um score de 38,3.

Desde 2022, a companhia integra a carteira do Índice Teva Mulheres na Liderança, referenciado pelo fundo ELAS11, gerido pelo Banco Safra e listado para negociação na B3. É o primeiro estudo quantitativo da presença de mulheres na composição de conselhos, diretorias e comitês de todas as empresas brasileiras de capital aberto, que tem como objetivo chamar a atenção para a desigualdade de gênero em cargos de liderança no Brasil.

Segundo o indicador, mais de 30% das empresas não contam com nenhuma mulher no conselho. Enquanto isso, a M. Dias Branco possui, atualmente, 40% do Conselho de Administração sendo mulheres. Em toda a Companhia, com mais de 17 mil funcionários, 24% das mulheres ocupam posições de liderança, incluindo gerência, diretoria e vice-presidência.

“Desde nosso surgimento, há 70 anos, temos estabelecido uma cultura de respeito às diferenças e o propósito de gerar as mesmas oportunidades, e queremos seguir nessa direção”, afirma Tiago Timbó, gerente de Comunicação, Cultura e Sustentabilidade da M. Dias Branco. O executivo ainda ressalta as metas estabelecidas acerca do tema presentes na Agenda Estratégica de Sustentabilidade. 

“Temos como objetivo possuir 40% dos cargos de liderança ocupados por mulheres até 2030. Termos um número expressivo de mulheres no Conselho de Administração, a mais alta instância de decisão da M. Dias Branco, é uma forma de mostrar o quanto acreditamos na importância de uma empresa – e sociedade – com condições de igualdade entre homens e mulheres”, disse ele.

Segundo o executivo, a companhia segue desenvolvendo ações para avançar rumo à meta. “Temos um calendário de ações que sensibiliza toda a companhia sobre a importância da equidade de gênero. Realizamos treinamentos com as lideranças, abordamos o tema em palestras abertas para todos os colaboradores, capacitamos o time de recrutamento e seleção para incorporar práticas que tiram os vieses inconscientes do processo seletivo e também temos um programa de mentoring para desenvolver a média liderança feminina que podem ser futuras gerentes. Esses são exemplos de trabalhos de base que estamos fazendo para entregar esse compromisso que fizemos com a sociedade”, afirmou Tiago Timbó.

Para Luciane Sallas, diretora-executiva de Investimento e Planejamento Financeiro da M. Dias Branco, é muito gratificante poder exercer um papel de liderança feminina na Companhia. “Aqui, nós realmente acreditamos na importância dessa diversidade. Sinto-me à vontade em trabalhar em um ambiente onde minhas opiniões são respeitadas e onde meus colegas enxergam que somos iguais intelectualmente. Também porque tenho a oportunidade de receber muitos feedbacks de jovens que se inspiram na relevância do meu papel e no equilíbrio que demonstro sobre a profissão de executiva e a vida pessoal, como mãe, filha, esposa”, comentou ela.

Signatária do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), M Dias Branco reforçou o compromisso com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável por meio de sua Agenda Estratégia de Sustentabilidade, sendo a meta feminina aderente ao ODS 5 do Pacto Global da ONU: alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas.